O universo de gaming está mudando o jogo nas empresas

O universo de gaming está mudando o jogo nas empresas

A indústria de games vem crescendo em alta velocidade. De acordo com a consultoria Super Data, o setor movimentou 11 bilhões de dólares apenas em novembro de 2020, quebrando seu próprio recorde – um montante 15% maior que o arrecadado no mesmo mês em 2019 – e deve ultrapassar os US$ 200 bilhões em receitas em 2023, segundo a Newzoo. 

Em um momento em que muitos negócios se viram obrigados a fazer uma transformação digital, o universo gaming demonstra que mudar as regras do jogo pode e deve ser uma porta para a inovação – e isso é uma lição valiosa para qualquer empresa ou organização.                                              

O grande jogo é mudar o jogo para melhor                                           

Para mudar de nível, os gamers estão dispostos a errar, tentar formas diferentes e aprender para buscar as melhores soluções. Isto se traduz em um processo para formar e desenvolver talentos em qualquer tipo de negócio. E isso tem a ver com conexões, compartilhamento de ideias e entrosamento de time. 

Promovemos em agosto, o primeiro Torneio eSport Lumen Brasil, campeonato gamer que reuniu profissionais de TI em uma descontraída e acirrada disputa entre clientes e profissionais da Lumen. E este encontro nos mostrou, na prática, o poder desta mentalidade gamer. Os times eram mistos, com talentos de diferentes lugares colocados em situações inesperadas e desafios nos quais o principal obstáculo era superar não só o time adversário, mas os próprios limites. Este talvez seja o conceito central dos Game Changers.                 

Conectar usuários ou clientes finais com as marcas através do gaming é, sem dúvida, algo disruptivo, inovador. Mas, neste jogo, não basta apenas ter gamers com paixão, talento e criatividade. Aproveitar várias ferramentas tecnológicas é fundamental para sermos os melhores ou para poder ajudar parceiros a ganhar mercado. 

O objetivo sempre foi o foco no cliente 

A Inteligência Artificial é um bom exemplo. Ela abriga funções de diagnóstico, análise e aplicação das técnicas que transformam cada experiência em algo único para diferentes públicos. Permite que as empresas aprendam sobre os usuários e sua experiência. Desta forma, é possível usar a criatividade para dar soluções a estes aprendizados. 

Outra ferramenta que atua para que as empresas conheçam seus clientes e melhorem seus serviços ou produtos é o Big Data. No universo dos games, ele ajuda a prever o comportamento de jogo, otimizando a experiência e aumentando muito a probabilidade de interação contínua. A possibilidade de coletar e extrair grandes conjuntos de informações estruturadas e não estruturadas de maneira sistemática, para que sejam interpretados e analisados ​​com mais profundidade, permite ampliar as possibilidades de encontrar soluções e criar experiências ainda mais enriquecedoras para os usuários. 

Não é à toa que, nos últimos cinco anos, grandes holdings de publicidade têm adquirido, investido ou até lançado empresas de Big Data. Ter recursos para gerenciar e enriquecer os dados em insights para mídia e mensagens são essenciais para o marketing na era do cliente. E não é só o mercado publicitário que aposta no poder destas tecnologias. O mercado global de Big Data está projetado para atingir 234,6 bilhões de dólares até 2026. 

Inovar requer aprendizado contínuo 

Hoje em dia, ser uma empresa orientada por dados não é opcional. Mas só com uma cultura organizacional voltada à inovação é possível usar a criatividade para dar soluções a estes aprendizados. O jogo nunca está ganho no universo gaming, quando se alcança as metas mais altas, é preciso seguir trabalhando para superá-las. Ultrapassar os próprios limites para conduzir mudanças transformadoras. Este é um aprendizado que todo profissional deve seguir. Vamos ao jogo?

Jon Paul "JP" McLeary

Autor:
Francisco Anes
Senior Sales Director
Lumen, Brasil
Francisco Anes é Diretor Comercial Sênior da Lumen. Dedica-se à missão de desenvolver e liderar pessoas e compor equipes de alta performance, alicerçadas em valores universais, focadas em garantir as melhores soluções tecnológicas para o sucesso do cliente. Nos últimos 25 anos teve a oportunidade de trabalhar lado a lado com grandes empresas brasileiras e internacionais em importantes projetos de Telecom e TI e se orgulha de ter participado da construção deste mundo tecnológico e conectado em que vivemos. Bacharel em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Nacional de Telecomunicações, Pós-Graduado em Marketing e Administração de Empresas pela FGV e certificado em Foresight – Futures Studies pela W-Futurismo.

Atitude Humana: O Novo Capital da Empresa Focada na Experiência do Cliente

Atitude Humana: O Novo Capital da Empresa Focada na Experiência do Cliente

O novo cenário global está cheio de mudanças e desafios, em particular para as equipes de trabalho. A chave do sucesso é uma boa atitude dentro do ambiente de trabalho. 

Desfrutar das pequenas coisas – “esta pandemia nos ensinou que o ordinário era fabuloso”, garantiu Victor Küppers no último Lumen Latam Forum, lembrando também que “embora o que fizéssemos há um ano nos pareça maravilhoso, na época também reclamávamos, mas de outras coisas”.  Por isto, ele insiste em como é importante a atitude diante do trabalho. 

Então, como criar hoje uma boa equipe de trabalho com tantas ameaças influenciando seu funcionamento? 

Küppers, palestrante e Doutor em Humanas, recomenda dar uma olhada no que define como “psicologia positiva”. Esta metodologia de pensamento-ação demonstra que quando tentamos ser bons, nos sentimos muito melhor, por isto é preciso nos perguntar como podemos ajudar o próximo e tornar a vida mais agradável.  

Para o palestrante, “estamos em um ambiente de trabalho que valoriza muito a inteligência e quando alguém é muito inteligente, o celebramos.  Por outro lado, parece que ser bom é sinônimo de ser bobo e isto é uma suposição totalmente errada porque a inteligência não é suficiente, é necessário que as pessoas sejam boas, que coloquem suas capacidades a serviço dos demais”.  

Para Marcelo Melamed, VP de Recursos Humanos da Lumen Technologies LATAM, uma das chaves para o mundo de trabalho atual é ser ativo, proativo e positivo.  

Além disto, a alternativa a não ser positivo “é terrível”, mas às vezes, “é preciso obrigar-se a pensar assim porque a mente tende a buscar as inúmeras coisas negativas que nos afetam”, afirmou o palestrante.   

Por outro lado, diante destas ameaças que hoje afetam as equipes de trabalho, o executivo da Lumen e o especialista concordam em conselhos para melhorar o ambiente de trabalho atual. 

Entre eles, destacam: manter contato com amigos, escutar música que motive e desenvolver ou praticar diversos hobbies.  

Paralelamente, é importante criar um modelo de gestão que incorpore melhoras às equipes de trabalho e à produtividade da empresa.  Isto se obtém revisando os fatores que podem influenciar a produtividade e a felicidade dos trabalhadores para potencializá-los, assim como criar incentivos de premiação. 

Melamed destaca que as estratégias de liderança positiva estimulam a felicidade como parte da cultura organizacional da empresa. 

Por isto, a alegria e o entusiasmo nas organizações são essenciais, especialmente hoje com situações em constante mudança e transformações aceleradas. Para isto, Küppers destaca:  

  1. Desfrute de tudo o que faz, no trabalho, no estudo, dirigindo, jogando tênis, em uma reunião, em tudo. Faça tudo que estiver a seu alcance para fazer o que lhe apaixone. 
  2. Seja agradecido. Não valorizamos o que temos; muitas vezes não sabemos o quanto somos privilegiados.
  3. Defina ilusões/metas para si mesmo. Não vivemos do passado nem do presente, vivemos para o futuro.
  4. Ajude ao próximo. Não há nada que preencha tanto como ajudar e prestar favores ao próximo. Muitas pessoas precisam de ajuda; dedique tempo a elas, é o presente mais apreciado.
  5. Desenvolva o senso de humor.
  6. Cuide das pessoas de quem mais gosta, dedique tempo a elas, repita várias vezes o quanto gosta delas, seja simpático com elas, seja gentil com elas.

O executivo da Lumen destaca que a psicologia positiva quer levar as emoções positivas para a empresa, já que segundo a ciência estas emoções se transformam em um nutriente para a criatividade, que é o que as empresas buscam.

Tecnologias Digitais e seu Impacto no Esporte: Às suas marcas… preparados? Já!

Tecnologias Digitais e seu Impacto no Esporte: Às suas marcas… preparados? Já!

A tecnologia penetrou com força cada aspecto de nossas vidas e o mundo dos esportes não foi exceção. A Internet das Coisas, a Inteligência Artificial e Machine Learning são algumas que estão modificando a experiência e as atividades esportivas. 

Tênis que impulsionam corredores, uma pista de atletismo inteligente e até mesmo roupas inspiradas na pele dos tubarões estão entre as inovações utilizadas durante as competições observadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o que mostra o impacto da tecnologia nas diferentes áreas da vida cotidiana. 

Mas, não são as únicas novidades na área, como explicou Giovane Gávio, bicampeão olímpico de vôlei durante a última edição do Lumen Latam Forum que, usando o exemplo deste esporte, destacou que as ferramentas de análise de informação das jogadas disponíveis hoje permitem que os jogadores e técnicos melhorem suas estratégias na hora de preparar os treinos e torneios que serão disputados, dando uma vantagem a mais se a tecnologia for usada como aliada. 

Por exemplo, em Tóquio, dados em 3D foram extraídos dos atletas para poder ver os movimentos dos jogadores e, com isto, melhorar seu desempenho individual. Esta tecnologia permitiria às equipes dispor de informação para otimizar suas estratégias.  

Adicionalmente, o uso da tecnologia permite desenvolver vestuário adequado para a estrutura física de cada atleta, melhorando seu desempenho e evitando lesões que poderiam reduzir a vida útil de sua carreira profissional.  Isto também é válido para esportistas amadores, que podem conseguir, por exemplo, calçados adequados à sua forma de pisar e assim melhorar sua experiência de usuário. 

Há tecnologias que possibilitam o desenvolvimento de novas aplicações e experiências na área, como por exemplo, machine learning, que permite criar sistemas que podem aprender por conta própria. No setor esportivo, isto permitiu uma análise de dados que facilitou a criação de serviços personalizados baseados na informação que as organizações esportivas coletam de seus fãs e dos dados captados dos próprios atletas.  “Os números sem análise são somente números.  A leitura e interpretação destes é importante para que se tome melhores decisões”, comenta Gávio.   

A Internet das Coisas (IoT) também está presente através do uso de aparatos e sensores conectados em uma rede, em uma base de dados global, o que permite melhorar o estudo das diversas disciplinas, fazendo com que os atletas conheçam detalhadamente seu nível de desempenho e, como podem contar com os dados em tempo real, pode influenciar o desempenho do atleta naquele instante.   

Para o bicampeão olímpico “embora a inovação em tecnologia seja espetacular, o importante é que o fator humano continue sendo o que determina quem é melhor no momento de competir, e que o digital seja um apoio muito importante, mas que o foco continue sendo no atleta”.   

A eficiência da tecnologia na saúde para salvar vidas

A eficiência da tecnologia na saúde para salvar vidas

A tecnologia tornou-se um dos pilares do sistema de saúde. A inovação impulsionada pela transformação digital não apenas expandiu as opções de tratamentos médicos, mas também transformou a forma como os profissionais de saúde atuam. 

A pandemia, sem dúvida, acelerou todo este processo ajudando a cuidar de milhões de pessoas durante este período. E quando você olha para todas as mudanças que vêm acontecendo, fica claro a força motriz que existe por trás dos avanços na área da saúde, de ponta a ponta. 

Dados que salvam vidas 

Alguns dos desafios mais antigos estão relacionados à desconexão de dados e das equipes de atendimento. E, ainda hoje, informações de saúde são processadas em silos distintos. Mas, à medida que passamos a agrupá-las em nuvem e o big data é incorporado, abrimos campo para que novas soluções sejam desenvolvidas com mais rapidez – salvando mais vidas. Para estudos epidemiológicos ou pesquisas clínicas, a tecnologia digital proporciona coleta instantânea de dados de uma população muito mais ampla e diversa. Isso permite que os profissionais fiquem atualizados com as técnicas e tendências de ponta. 

Os sistemas de big data e inteligência artificial encurtam a distância entre empresas e seus clientes. E não seria diferente na medicina. As ferramentas de IA na área de saúde estão focadas no suporte à decisão clínica e na descoberta de insights úteis de grandes agrupamentos de dados. Elas estão habilitadas para filtrar dados gerados a partir de registros eletrônicos, notas, imagens, sensores e dispositivos para encontrar tendências que possam melhorar o atendimento ao paciente e ajudar os pesquisadores a desenvolver tratamentos mais eficientes. Além disso, o acesso ao big data permite que médicos identifiquem fatores de risco preditivamente, o que traz uma abordagem mais preventiva aos tratamentos. 

A tecnologia também tem auxiliado na desburocratização do sistema, abrindo espaço para um acompanhamento mais humanizado – ao contrário do que muitas vezes é questionado em relação à aplicação de meios tecnológicos nessa área. Uma vez que os médicos economizam tempo buscando ou confirmando dados, o processo é mais ágil e completo em informações. 

Atendimentos mais inteligentes 

Outro avanço vem ocorrendo em equipamentos de Unidade de Terapia Intensiva que contam com IA e Internet das Coisas aplicadas, ajudando a detectar sinais de perigo em tempo real. Atualmente, as UTIs podem reportar os dados dos pacientes automaticamente, encurtando sua permanência na unidade, conforme aponta o estudo publicado no Journal of Clinical Monitoring and Computing

Neste contexto, a conectividade se tornou peça-chave nos atendimentos de saúde digital. A prática da telemedicina, amplamente discutida pelo setor, chegou para ficar. No Brasil, teve sua regulamentação temporária liberada para atendimentos remotos durante a pandemia, e desde então vem se tornando uma prática comum para consultórios. 

Centenas de aplicativos de saúde e soluções de healthtechs foram criadas. Muitos permitem que os pacientes monitorem sua saúde, fornecendo informações médicas e se beneficiando de mecanismos de IA, como o aviso de quando é hora de fazer o check-up. 

Consultas médicas virtuais. Especialistas criando vacinas em conjunto – cada um em uma parte do mundo. Treinamentos cirúrgicos com realidade virtual e realidade aumentada em hospitais distantes. Tudo isso já é uma realidade. Nós, da Lumen, acompanhamos essa história potencializando tecnologias emergentes para fornecer assistência médica em praticamente qualquer lugar. Temos uma das plataformas de dados mais rápida e segura para aplicação dos negócios da 4ª Revolução Industrial, com latência quase zero – para os profissionais de saúde terem todas as ferramentas necessárias para desenvolverem coisas incríveis para a humanidade. Nós precisamos disso.

Jon Paul "JP" McLeary

Autor:
William Maruiama
Business Development Manager
Lumen, Brasil
Especialista de CDN na Lumen focado em novos negócios, com 20 anos de experiência no setor de TI, em empresas como Microsoft, Oracle e SAP.

O desenvolvimento das pessoas constrói sociedades melhores

O desenvolvimento das pessoas constrói sociedades melhores

A visão da empresária equatoriana Isabel Noboa

O impacto positivo no social, econômico e ambiental é fundamental para afirmar que o humano alcançou o verdadeiro progresso. Este foi o eixo central da apresentação desenvolvida por Isabel Noboa, Presidente Executiva da Corporação Nobis, durante o Lumen LATAM Forum 2021, onde vários espaços analisaram a forma através da qual as pessoas e as empresas estão direcionando suas ações para contribuir com o desenvolvimento da humanidade. 

Um olhar mais atento sobre a visão da empresária equatoriana colocou em evidência quais são, em seu ponto de vista, as considerações mais relevantes em nível corporativo para atingir o impacto triplo que contribui com o progresso individual e coletivo.  

A líder do Grupo Nobis comentou que sua estratégia empresarial de “resiliência, inovação e responsabilidade”  permitiu à empresa aventurar-se em áreas tão diversas como agroindústria, infraestrutura portuária, imobiliária, mineração, hotelaria, diversificação nos setores de alimentos e exportação, promovendo o desenvolvimento não só de seu povo, mas também do país. 

Valores e princípios, a base fundamental na construção de equipes 

O ativo mais importante na construção de uma entidade sólida sempre foi sua equipe, “um grupo de profissionais com ampla experiência de trabalho, com altos valores e princípios corporativos, governança, reputação e foco para gerar crescimento, rentabilidade e desenvolver projetos de triplo impacto, no social, econômico e ambiental”, comentou Isabel Noboa.  

Ela também ressaltou que suas equipes são como uma família, contribuindo com suas próprias idéias e lutando por sinergia para atingir grandes objetivos individuais e coletivos. “Sempre sustento que quando a organização ou seus líderes são reconhecidos por seu trabalho é por causa das habilidades e talentos da equipe, da família onde todos contribuem, e todos merecem crédito”, ressaltou. 

A chave, disse Noboa, é escolher os membros da equipe priorizando seus princípios, valores e profissionalismo, sem importar raça, religião ou opção sexual.  Para ela, é fundamental manter uma cultura de igualdade de oportunidades, inclusiva e livre de discriminação. 

Sua visão de liderança foca em conseguir que “cada pessoa que trabalhe na Nobis sinta-se como parte de uma equipe que presta atenção ao que cada um quer alcançar no futuro, se está contente com o que está fazendo e com o reconhecimento que tem”. 

A meta mais importante para o Consórcio Nobis é contribuir com o desenvolvimento do país e faz isto através de sua Fundação e da iniciativa “Unidos pela Educação” para melhorar a qualidade da educação no Equador com programas de treinamento aos professores e outras considerações técnicas que possam alcançar uma transformação educacional com os princípios e valores como base. O projeto é uma iniciativa empresarial que colabora com os Ministérios da Educação, da Inclusão Econômica e Social e de Finanças do Equador e que conta com o apoio do Banco Mundial e do BID. 

Equidade de gênero, igualdade de oportunidades 

“Hoje em dia a mulher está ocupando cargos que há 20 anos não era possível”, afirmou Isabel Noboa para referir-se às mudanças que surgiram nos últimos anos.  Destacou, adicionalmente, o fato de que as mulheres puderam destacar-se não só no ambiente empresarial mas também nos governos e esportes, assim como em outros campos. 

“Recrutamos e promovemos mulheres em posições de liderança em todas as nossas empresas, levando em consideração seu talento e seu alinhamento com os valores de nossa organização”, comenta Isabel Noboa, ressaltando que, por exemplo, ao lidar com a pandemia, sete dos países com estratégias mais efetivas durante a crise sanitária são liderados por mulheres.  Suas forças foram a capacidade de decisão rápida, a entrega de mensagens efetivas e claras à população e uma grande criatividade na adoção de soluções. 

Também destacou que, neste contexto crítico em nível mundial, as cinco maiores empresas do mundo, dirigidas por mulheres, atingiram receitas comparáveis ao equivalente a 4.5 vezes o PIB do Equador. Estas mulheres atuam nos segmentos automotivo, de saúde, seguros, serviços postais e de energia. 

“Na América Latina já tivemos algumas governantes mulheres e a mulher já faz parte da liderança das empresas”, destacou, acrescentando que a presença das mulheres nesta esfera contribui muito para alcançar resultados melhores.  Ela acredita fortemente que homens e mulheres podem se complementar para obter melhores resultados. 

A tecnologia como facilitador de oportunidades 

“Uma empresa que não se atualiza está condenada ao fracasso”, disse Isabel Noboa, abordando assim o tema do impacto da tecnologia nos modelos de negócios. De acordo com seu critério, a tecnologia não só melhora a qualidade e a agilidade dos negócios, como economiza custos e contribui com o cuidado ao meio-ambiente. 

Além disto, falou sobre como facilita o acesso à educação ou à medicina e sobre a importância de capacitar os profissionais nas novas tecnologias para que adquiram habilidades e qualificações que contribuam para a redução de lacunas e permitam o acesso à igualdade de oportunidades.  

Este é um aspecto que também é trabalhado pela Fundação Nobis e Nobis Fundation, com o programa Unidos pela Educação, graças ao qual se beneficiaram mais de 900 pessoas com capacitações técnicas em temas como autoconstrução de casas, cozinha, costura e hortas familiares. 

Unidos pela Educação reúne mais de 30 empresários privados e empresas públicas para transformar a educação nas escolas públicas e oferecer treinamento à comunidade de educação como um todo: professores, alunos e pais de família, através de palestras e treinamentos tecnológicos. 

A iniciativa também está trabalhando para fornecer computadores a crianças carentes que não contam com este tipo de equipamento e que não têm escola por perto. Este projeto é o alicerce do propósito da Corporação Nobis, onde é fundamental trabalhar no desenvolvimento de projetos com um alto impacto social, econômico e ambiental, alinhando seus objetivos empresariais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, marcados na agenda 2030 de Pacto Global, para ajudar na construção de um futuro melhor para todos.

Conviver com Tecnologias Implica o Desafio de Ser Cada Vez Mais Humano

Conviver com Tecnologias Implica o Desafio de Ser Cada Vez Mais Humano

Com o avanço da Inteligência Artificial nos últimos anos, impulsionado pelas tecnologias digitais, estamos experimentando uma aceleração vertiginosa nos processos de automatização em praticamente tudo o que nos cerca. 

Segundo Martha Gabriel, futuróloga e especialista em inovação, áreas como saúde, negócios, direito, comunicação, marketing, ciência, entretenimento, criatividade, etc., foram fortemente influenciadas pela automatização de suas funções.

Martha Gabriel garantiu, no Lumen Latam Forum  que há estimativas de que apenas 5% dos trabalhos hoje não envolverão certo nível de automação no futuro, e projeta-se que pelo menos 30% dos trabalhos no mundo todo envolverão atividades profissionais que podem ser feitas com altos níveis de digitalização. 

Esta automação, que hoje vive avanços como em nenhuma outra época da humanidade, e a integração crescente de robôs, levanta uma pergunta urgente para a humanidade: qual é o impacto disto em nossa existência? 

A resposta que surge é: enorme, mas depende de nós se isto será algo extremamente bom ou extremamente ruim, comenta Martha Gabriel.

A primeira consequência de qualquer impacto significativo em nossas vidas é se seremos donos ou vítimas da mudança causada pela robotização das atividades de trabalho. Se imaginamos uma onda gigante aproximando-se de um surfista, seu impacto pode afogá-lo ou impulsioná-lo, dependendo de como ele atue, ou seja, resistindo a ela ou usando-o a como impulso.

O mesmo acontece hoje com a onda tecnológica de automação no mundo, a Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Nanotecnologia, Robótica e Big Data – são tecnologias que estruturam este processo e podem ser usadas tanto para alavancar-nos quanto para esmagar-nos, dependendo de nossas habilidades para enfrentá-las.

Como não sermos substituídos por um robô é um desafio, sem dúvida, mas onde começamos esta tarefa?

É importante ressaltar que no passado, devido à limitação tecnológica existente, várias atividades repetitivas deviam ser realizadas por humanos.  Na era digital, estes trabalhos são cada vez mais realizados por robôs e, consequentemente, não há mais espaço para os “humanos robóticos”; as tecnologias digitais associadas à mecânica estão liberando o ser humano da escravidão do trabalho repetitivo, seja ele físico ou mental. 

Neste novo contexto, o ser que costuma ter valor e sucesso é o humano digital, que continuamente se desenvolve e educa para transformar-se no melhor humano possível, expandido ao máximo pelas tecnologias disponíveis.  Para isto, as principais habilidades que devemos cultivar, segundo Martha Gabriel, são:

  • Pensamento crítico – curiosidade, aprender a perguntar e refletir para detectar novas ameaças e oportunidades.
  • Imaginação e criatividade – para resolver ou aproveitar qualquer situação nova.
  • Conexão com as pessoas – relação para fomentar a inovação e a experiência: colaboração, negociação, sensibilidade, emoção, empatia, ética e sustentabilidade.
  • Conexão com tecnologias – mente aberta para adotar e experimentar novas tecnologias na busca contínua pela melhora na cadeia de geração de valor.
  • Resiliência – para poder superar as dificuldades das mudanças constantes no ambiente, um alto grau de incerteza e complexidade.
  • Os humanos imprescindíveis na era das máquinas são, portanto, aqueles que sabem pensar de forma crítica, perguntar, imaginar, refletir, negociar, apoiar, sentir, amar, emocionar-se e emocionar e sentir. Movidos pela ética, empatia e sustentabilidade.

Desta forma, paradoxalmente, quanto mais tecnologia temos no mundo, mais humanos devemos ser, concluiu Martha Gabriel.  Sua apresentação está disponível até o final de setembro na plataforma virtual Lumen Latam Forum, junto a outras 33 conferências realizadas neste evento corporativo.