Vinte anos após o nascimento do YouTube: qual é a tecnologia que torna possível esse modelo de consumo de conteúdo audiovisual?
As redes de entrega de conteúdo (CDNs) são fundamentais para garantir uma boa experiência do usuário, baixa latência e transmissões ininterruptas.
O dia 15 de fevereiro de 2005 não é apenas mais um dia: é um verdadeiro ponto de virada na história. Naquele dia, o domínio do YouTube foi ativado. Somente em 23 de abril seria carregado o primeiro vídeo: Meet me at zoo, publicado por Jawed Karim, um dos criadores da plataforma. Ele imaginou naquela época que vinte anos depois 2,4 milhões de vídeos seriam adicionados por dia, como o Analyzify calculou recentemente?
Além desse volume, o YouTube também produziu uma mudança cultural: a forma como consumimos conteúdo digital mudou para sempre. Esperando um horário fixo para assistir a um programa de TV? Veja as listagens de filmes para verificar se o tão esperado filme foi lançado? Situações cotidianas até muito recentemente que hoje parecem narrativas de um passado remoto. A Statista estima que até 2026 metade da população mundial usará pelo menos um serviço de streaming de vídeo.
Por trás dessa evolução está uma tecnologia chave: CDN (content delivery network). Uma CDN replica e distribui conteúdo para vários servidores localizados em diferentes cantos do mundo, reduzindo assim a latência e proporcionando uma experiência de usuário perfeita.
Este é o ponto fundamental para o negócio de entrega de conteúdo audiovisual: um usuário não pode experimentar cortes ou interrupções, nem mesmo (ou especialmente) ao visualizar seus vídeos com a mais alta qualidade.
Com as CDNs, os provedores de conteúdo garantem tempos de carregamento mais curtos, transmissões ideais em tempo real e impacto mínimo do tráfego massivo nos servidores centrais. Isso é verdade mesmo em momentos-chave em que picos significativos de demanda podem ser esperados, como um evento ao vivo (um show, uma partida de futebol) ou a estreia daquela série que todos estão esperando.
Esta não é uma questão menor, considerando que a demanda nas redes continuará a crescer de mãos dadas com tendências como a realidade virtual e aumentada ou a computação espacial que combina elementos do mundo real com outros do universo digital. Este último foi citado pela consultoria de mercado Gartner como uma das dez principais tendências tecnológicas que veremos em 2025.
É provável que agora, assim como aconteceu há vinte anos, alguma outra interrupção esteja acontecendo que mude para melhor a maneira como vivemos. A boa notícia: certamente, a tecnologia que nos permitirá aproveitá-la também está amadurecendo.
Autor:
Esteban Tapias
Gerente de Produto de Mídia
Cirion Technologies