Durante a pandemia, a liderança das mulheres foi fundamental, mas é necessário manter o impulso para que possam ser maiores agentes de mudança, especialmente no mundo da tecnologia.
Os direitos das mulheres e a igualdade de oportunidades em relação a seus pares masculinos têm mudado nos últimos anos. A inserção da mulher no âmbito do trabalho está crescendo em todo o mundo; no entanto, ainda há um caminho a percorrer para que se possa falar em um verdadeiro equilíbrio.
O Forum Econômico Mundial (WEF)[1] estima que o mercado de trabalho global pode absorver cerca de 150 milhões de novos empregos tecnológicos ao longo dos próximos cinco anos e prevê, além disto, que alguns trabalhos tradicionais se transformarão em “trabalhos tecnológicos”, o que significa uma necessidade de mais pessoas com habilidades digitais.
Outros indicadores do WEF preveem que até 2030, 77% dos trabalhos exigirão habilidades relacionadas à tecnologia[2]. Embora haja uma demanda crescente e não atendida no mundo das ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), o deficit de mulheres é evidente. Segundo a UNESCO, apenas 35% dos estudantes de STEM[3] são mulheres em todo o mundo. E apenas 25% de quem trabalha no setor de TIC são mulheres, de acordo com um estudo da ONU Mulheres[4].
De acordo com o Relatório sobre a lacuna de gênero global 2021 do Forum Econômico Mundial[5], as lacunas de gênero são mais prováveis em setores que exigem habilidades técnicas disruptivas. Em Cloud Computing, por exemplo, as mulheres representam 14% da força de trabalho; em Engenharia, 20%; e em Dados e IA, 32%.
Por este motivo, a preocupação em relação à lacuna de gênero nestas áreas continua, o que representaria uma perda de potencial talento, criatividade e inovação. A conquista da igualdade de gênero em STEM permite garantir que mulheres e homens contem com as habilidades e oportunidades necessárias para contribuir e beneficiar-se igualmente dos desenvolvimentos relacionados[6].
Apoiamos a inclusão do talento feminino, assim como a diversidade de nossos colaboradores, e mantemos um compromisso constante com o fomento de uma cultura diversa e inclusiva.
Acreditamos que a mistura de pontos de vista, talentos, experiências, históricos e crenças, presente em nossa empresa, são respeitados. Valorizamos os direitos e liberdades individuais e promovemos uma cultura de respeito mútuo, cumprindo estritamente com as políticas para proporcionar um local de trabalho livre de discriminação, assédio e represálias, assim como outras políticas destinadas a garantir a igualdade de oportunidades e o tratamento justo para todos.
Hoje, estamos diante de uma grande oportunidade de potencializar as carreiras de mulheres talentosas e criar uma tecnologia que atenda e reflita todos nós, sem distinções além do próprio talento.
[1] https://es.weforum.org/agenda/2020/10/tu-proximo-cambio-de-trabajo-podria-ser-mas-facil-de-lo-que-piensas/
[2] https://www.weforum.org/reports/jobs-of-tomorrow-mapping-opportunity-in-the-new-economy
[3] https://www.unesco.org/reports/science/2021/es/women-digital-revolution / https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000366649
[4] https://www.forbes.com.mx/red-forbes-la-brecha-de-genero-tambien-es-un-problema-para-las-empresas-y-una-oportunidad-economica-desperdiciada/
[5] https://www3.weforum.org/docs/WEF_GGGR_2021.pdf
[6] http://www.comunidadmujer.cl/biblioteca-publicaciones/wp-content/uploads/2021/07/Boletin-50-Una-reactivación-laboral-sostenible-en-Chile-con-perspectiva-de-género.pdf
Autor:
Tatiana Fonseca
Vice-presidente de Operações
Cirion, LATAM
Graduada em Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações pela PUC-MG e pós-graduada em Gestão de Negócios/TI e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral, Tatiana Fonseca tem experiência de 23 anos na liderança de equipes em grandes empresas do setor de telecomunicações. Na trajetória profissional, destaca-se sua atuação como diretora sênior de Operações da TIM Brasil, na qual liderou Operações de Rede e TI, e como executiva de Operações na Oi.