O objetivo é claro: conectar mais pessoas com melhores soluções tecnológicas.
Em 2024, aproximadamente 70% dos lares em áreas urbanas da América Latina tinham acesso à internet, segundo dados da CEPAL, embora esse número caia consideravelmente em áreas rurais, onde pode ser inferior a 40%. A desigualdade digital também se reflete nos níveis de renda: enquanto mais de 90% dos lares do quintil mais alto possuem conexão, no quintil mais baixo esse percentual pode cair para menos de 50%, evidenciando desafios persistentes na equidade do acesso digital na região.
A transformação digital só será sustentável se garantir uma conectividade inclusiva, eficiente e segura.
Isso implica não apenas expandir a infraestrutura, mas também melhorar a interoperabilidade e a proteção de dados.
Nos últimos anos, tecnologias como a inteligência artificial, o edge computing e a Internet das Coisas (IoT) aceleraram a digitalização. Isso colocou à prova a capacidade das redes de suportar grandes volumes de dados com baixa latência. No entanto, a implementação de soluções como o 5G ou redes satelitais de baixa órbita não avança na mesma velocidade em todos os países, o que impõe desafios técnicos e regulatórios. Soma-se a isso a urgência de fortalecer as capacidades de cibersegurança.
Particularmente, a inteligência artificial tornou-se uma aliada estratégica para otimizar redes, prever falhas, gerenciar o tráfego de dados e personalizar serviços, mesmo em contextos com infraestrutura limitada. Em áreas rurais, sua aplicação permite planejar de forma mais eficiente a expansão da conectividade, priorizando aquelas regiões com maior impacto social. Além disso, em setores-chave como educação, saúde e agricultura, a IA, integrada por meio de redes móveis e satelitais, facilita o acesso equitativo a serviços essenciais, contribuindo para reduzir as desigualdades estruturais na região.
Nesse cenário, a Agenda Conectar 2030 da União Internacional de Telecomunicações torna-se um guia estratégico essencial. Seu foco em crescimento, inclusão, sustentabilidade, inovação e parcerias articula esforços públicos e privados para reduzir a desigualdade digital e promover o acesso equitativo às tecnologias da informação. Por isso, empresas como a Cirion Technologies alinham-se a esse plano de ação para atuar ativamente na oferta de infraestrutura digital de última geração em países da América Latina, permitindo que comunidades mais remotas tenham acesso a serviços que melhorem sua qualidade de vida.
Além disso, essa iniciativa vincula diretamente o desenvolvimento das telecomunicações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo uma transformação digital que seja inclusiva e equitativa, permitindo que todos os setores da sociedade aproveitem seus benefícios e, ao mesmo tempo, respondam às necessidades sociais, econômicas e ambientais da região.
A conectividade é muito mais do que acesso à internet.
É uma ferramenta de equidade e progresso que deve estar a serviço das pessoas. Se quisermos reduzir desigualdades, precisamos investir com propósito e visão de longo prazo. Na Cirion, trabalhamos para fortalecer nossa infraestrutura em áreas de difícil acesso, permitindo que mais pessoas e empresas possam aproveitar os benefícios da digitalização.
Embora a evolução ocorra de forma desigual entre setores e regiões, ela será irreversível. É necessário que as empresas alinhem sua estratégia de negócios com uma infraestrutura sólida e o façam com o apoio de plataformas tecnológicas regionais. Neste Dia Mundial das Telecomunicações, o chamado é para consolidar alianças e políticas que garantam um ambiente digital mais justo e eficaz, contribuindo assim para o crescimento sustentável da América Latina.
Santiago Londoño
Presidente, Conectividade
Cirion Technologies