Data Center na Era Digital: Pilar da Infraestrutura Tecnológica

Data Center na Era Digital: Pilar da Infraestrutura Tecnológica

A Importância do Data Center na Transformação Digital Empresarial

Na Era Digital, os Data Centers se tornaram o coração da infraestrutura tecnológica que sustenta as empresas modernas. Estes Centros de Dados não apenas proporcionam o espaço físico para servidores e armazenamento, mas também habilitam tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, Big Data e Cloud Computing.

A capacidade de um Data Center para integrar a virtualização e o Edge Computing é crucial para garantir que as empresas possam se adaptar e prosperar em um ambiente digital em constante evolução.

 

Data Centers: A Base da Transformação Digital

Os Data Centers são fundamentais para a Transformação Digital das empresas. Abrigando a infraestrutura necessária para suportar aplicações na nuvem e grandes volumes de dados, permitem às organizações digitalizar e automatizar processos, melhorando a eficiência e reduzindo custos operacionais.

Cloud Computing e Virtualização

A virtualização e o Cloud Computing são duas tecnologias chave facilitadas pelos Data Centers. A virtualização permite a utilização ótima dos recursos do servidor, enquanto o Cloud Computing proporciona agilidade, escalabilidade e acessibilidade global aos serviços de TI.
Estas tecnologias transformaram a maneira como as empresas gerenciam sua infraestrutura, permitindo um enfoque mais ágil e adaptável ao mercado.

 

Segurança e Disponibilidade: Prioridades na Era Digital

A segurança e a disponibilidade são aspectos críticos nos Data Centers. Em um ambiente onde os dados são o recurso mais valioso, os Centros de Dados devem garantir a proteção contra ameaças internas e externas.

Além disso, a alta disponibilidade é essencial para garantir que os serviços estejam sempre operativos, minimizando o risco de interrupções que poderiam afetar a continuidade do negócio.

Proteção de Dados e Cumprimento Normativo

Os Data Centers avançados implementam medidas de segurança como criptografia de dados, controles de acesso estritos e monitoramento constante para proteger a informação sensível das empresas.

Cumprir com regulações internacionais é essencial para garantir a confiança dos clientes e parceiros comerciais.

 

Tecnologias Emergentes como Impulso à Inovação

Os Data Centers são motores de inovação, habilitam o uso de tecnologias emergentes como Inteligência Artificial, IoT e Blockchain. Estas tecnologias requerem um manejo eficiente de grandes volumes de dados e capacidades de processamento avançado, algo que só pode oferecer um Centro de Dados bem equipado.

IoT, Blockchain e Edge Computing

O IoT está gerando quantidades massivas de dados que precisam ser processados de maneira eficiente, enquanto o Blockchain requer uma infraestrutura segura e confiável para operar. Os Data Centers oferecem a agilidade que ambas as tecnologias precisam.

Edge Computing e Redução de Latência

O Edge Computing é outra tecnologia que está redefinindo a maneira como os Data Centers operam. Ao aproximar o processamento de dados da fonte de origem, se reduz a latência e se melhora o rendimento, o que é crucial para aplicações em tempo real como o IoT e os sistemas de IA.

 

Escalabilidade e Flexibilidade para o Futuro

A capacidade de escalar é uma das maiores vantagens que oferecem os Data Centers na Era Digital. À medida que as necessidades de uma empresa crescem, a infraestrutura do Centro de Dados pode se adaptar para ter a agilidade de oferecer mais armazenamento, processamento e serviços adicionais sem a necessidade de um investimento massivo em hardware.

O Modelo Infraestrutura como Serviço (IaaS)

A Transformação Digital exige que as empresas sejam capazes de integrar novas tecnologias e aumentar sua capacidade de processamento de dados à medida que crescem. Os Data Centers facilitam este processo mediante soluções de Infraestrutura como Serviço (IaaS), permitindo às organizações ajustar seus recursos segundo a demanda, sem comprometer a eficiência ou a segurança e pagando apenas pelo que precisam em cada momento.

Isto proporciona uma agilidade sem precedentes, graças à qual as empresas respondem rapidamente às flutuações do mercado e às demandas dos clientes.

Conclusão

Na Era Digital, os Data Centers são mais que simples espaços para armazenar servidores; são a base sobre a qual se constrói a inovação e a eficiência operativa. Com o apoio de tecnologias como Cloud Computing, IA e Edge Computing, os Centros de Dados permitem às empresas modernizar sua infraestrutura e se manter competitivas em um mundo em constante mudança.
Considerar a segurança, a escalabilidade e a capacidade de integração de tecnologias emergentes é essencial para escolher um Data Center que não apenas satisfaça as necessidades atuais, mas que também esteja preparado para o futuro.
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Além da geração: por que a eficiência energética é a chave para o futuro

Além da geração: por que a eficiência energética é a chave para o futuro

Além da geração: por que a eficiência energética é a chave para o futuro

 

Todo dia 5 de março, o mundo comemora o Dia Mundial da Eficiência Energética, uma data importante para refletir sobre como usamos a energia e quais ações podemos tomar para otimizar seu consumo. Em um contexto global de crise climática, aumento da demanda de energia e esgotamento dos recursos naturais, melhorar a eficiência energética é uma necessidade urgente.

A eficiência energética não apenas reduz as emissões e protege o meio ambiente, mas também gera economia econômica, melhora a competitividade das empresas e fortalece a resiliência dos sistemas de energia. Hoje, governos, empresas e cidadãos enfrentam o desafio de transformar seu consumo de energia e adotar soluções inovadoras para um desenvolvimento mais sustentável.

 

América Latina: Avanços e Desafios em Eficiência Energética

A América Latina tem um grande potencial em energia renovável, mas ainda enfrenta desafios estruturais em eficiência energética. Segundo a CEPAL, a região continua fortemente dependente de hidrocarbonetos, embora tenha havido avanços significativos na adoção de energias renováveis, especialmente no Chile, Brasil e México.

No entanto, persistem dificuldades como:

  • Altas perdas na transmissão e distribuição de energia, o que afeta a eficiência do sistema elétrico.
  • Falta de incentivos à poupança de energia, devido aos subsídios aos combustíveis fósseis que desencorajam a utilização eficiente da energia.
  • Dependência de usinas hidrelétricas, fonte limpa, mas vulnerável a secas prolongadas causadas pelas mudanças climáticas.

Apesar desses desafios, a eficiência energética provou ser uma estratégia fundamental na região. Desde 2004, a América Latina dissociou o crescimento do PIB do consumo de energia, o que significa que as economias estão crescendo sem a necessidade de aumentar proporcionalmente o consumo de eletricidade. Um exemplo é o México, onde a capacidade instalada de energias renováveis dobrou na última década, chegando a 33.517 MW em 2023, o suficiente para abastecer 33 cidades do tamanho de Quito.

 

Equador e eficiência energética: uma prioridade em tempos de crise

O Equador avançou na transição para fontes de energia mais limpas, com forte foco na geração hidrelétrica. No entanto, a crise energética de 2024 destacou a urgência de priorizar a eficiência energética, tanto na geração quanto no consumo.

Secas prolongadas e problemas estruturais no setor elétrico causaram apagões que afetaram a economia, o comércio e a qualidade de vida dos cidadãos. Este contexto obriga:

  • Reduzir perdas na rede de distribuição.
  • Adotar modelos mais sustentáveis de geração e consumo.
  • Promover a eficiência em setores-chave como telecomunicações, indústria e transportes.

Um dos setores que mais avançou em eficiência energética é a infraestrutura digital e as telecomunicações, incluindo a Cirion Technologies, que implementou estratégias para otimizar o consumo de energia em seus data centers, redes de telecomunicações e soluções digitais.

Em seu relatório de sustentabilidade mais recente, a Cirion destacou os principais desenvolvimentos:

  • Uma redução de 17% em sua pegada de carbono, graças a investimentos em energia renovável e otimização de nós de telecomunicações.
  • Aumentou o uso de energia renovável de 40% para 62% no último ano.
  • Desenvolvimento de estratégias de eficiência energética em data centers e cabos submarinos para redução de consumo.

Francisco Guzmán, Country Manager da Cirion Technologies no Equador, destaca que “a transformação digital e a eficiência energética andam de mãos dadas. A infraestrutura digital sustentável não apenas melhora o desempenho das empresas, mas também otimiza o uso de energia, reduzindo custos e minimizando o impacto ambiental”.

Os data centers da Cirion, otimizados com refrigeração inteligente e energia renovável, demonstram que a tecnologia pode ser uma aliada fundamental na eficiência energética.

 

Eficiência energética na vida cotidiana

Além da indústria, a eficiência energética também depende das decisões de indivíduos e empresas para otimizar o uso de eletricidade em diferentes setores:

Casas: Uso de eletrodomésticos eficientes, iluminação LED e desligamento de eletrodomésticos não utilizados. Um exemplo é Guadalajara, na Espanha, onde conectar 135 residências a uma rede de aquecimento à base de biomassa reduziu 306 toneladas de CO2 por ano.

Empresas e indústrias: Auditorias energéticas e modernização de equipamentos para redução de consumo. Um caso emblemático é o Empire State Building, que após uma modernização reduziu seu consumo de energia em 38%, alcançando uma economia anual de US$ 4,4 milhões.

Mobilidade sustentável: Introdução de ônibus elétricos e promoção de veículos híbridos e elétricos para reduzir a pegada de carbono no transporte.

Embora o Equador tenha um alto potencial hidrelétrico, é fundamental diversificar sua matriz energética com fontes renováveis, como solar e eólica. Iniciativas como as da Cirion Technologies demonstram que a inovação tecnológica pode acelerar a eficiência energética e reduzir o impacto ambiental.

Os países enfrentam um desafio crucial: não apenas gerar energia de forma mais limpa, mas usá-la de forma eficiente e equitativa. Para isso, é essencial uma mudança de mentalidade que envolva cidadãos, e governos no compromisso com tecnologias sustentáveis, hábitos responsáveis e infraestrutura energética resiliente.

Este 5 de março, Dia Mundial da Eficiência Energética, é o momento de tomar consciência de como usamos a energia e quais ações podemos implementar para otimizar seu consumo. A questão-chave é: o que podemos fazer hoje para reduzir nosso consumo de energia e contribuir para um futuro mais eficiente e sustentável?

 

Autor:
Francisco Guzmán
Country Manager
Cirion Technologies Equador

IA e Data Centers: o desafio da infraestrutura em um setor em movimento

IA e Data Centers: o desafio da infraestrutura em um setor em movimento

IA e Data Centers: o desafio da infraestrutura em um setor em movimento

 

O surgimento do DeepSeek abalou o mundo tecnológico e gerou um grande debate nas indústrias de Inteligência Artificial (IA) e Data Center, em relação à infraestrutura necessária para enfrentar os desafios do setor, em termos de desempenho e capacidades. Enquanto alguns argumentam que sua eficiência pode diminuir a necessidade de recursos, a realidade é que a ascensão da inteligência artificial está impulsionando a indústria para novos limites de capacidade e consumo de energia.

A IA chinesa provou ser um avanço significativo na otimização do uso de recursos em comparação com os modelos anteriores. No entanto, isso não significa uma redução na demanda geral de processamento. Por outro lado, novas configurações de hardware exigem níveis de energia que excedem em muito os padrões atuais. Isso representa um desafio para os data centers, que devem se adaptar a uma demanda crescente de até 120 kW por rack, um limite que apenas uma minoria das infraestruturas atuais é capaz de suportar.

Otimizar o consumo de energia é um ponto chave, mas não suficiente. A indústria de Data Center está passando por um processo de transformação acelerado para sustentar a crescente demanda por inteligência artificial. A expansão da capacidade envolve não apenas investimentos em infraestrutura, mas também em tecnologias de refrigeração mais eficientes. Soluções como refrigeração líquida e expansão de gás ganharam destaque devido à sua capacidade de dissipar o calor de forma mais eficaz do que os sistemas tradicionais, permitindo a operação contínua de hardware de alto desempenho.

 

A sustentabilidade é outro desafio fundamental

Embora a inteligência artificial possa otimizar o uso de energia, o aumento da densidade computacional está forçando a indústria a buscar fontes de energia renováveis e estratégias de eficiência ambiental. Este é um ponto de virada para os Data Centers, que devem integrar soluções tecnológicas com modelos de energia sustentável para garantir sua viabilidade a longo prazo. Os investimentos em energia limpa e a implementação de arquiteturas mais eficientes serão decisivos para responder às demandas do futuro.

Embora as últimas inovações prometam maior eficiência operacional dentro do mundo da IA e dos Data Centers, atualmente não há evidências suficientes para indicar a redução substancial na demanda por infraestrutura robusta, especializada em alta densidade computacional. Pelo contrário: é provável que os requisitos, tanto técnica quanto financeiramente, aumentem diante dos desafios mais exigentes na digitalização e na adoção de soluções baseadas em High Performance Computing.

O futuro dos data centers dependerá da capacidade de inovar e se adaptar a um cenário tecnológico desafiador com desafios mais complexos. Não se trata apenas de responder à crescente demanda por IA, mas de fazê-lo com uma visão sustentável que garanta o desenvolvimento de longo prazo do setor.

Autor:
Francisco Fuentes
Director Comercial de Data Center para Chile, Peru e Argentina
Cirion Technologies

Infraestrutura digital sustentável: motor de inovação, competitividade e economia energética

Infraestrutura digital sustentável: motor de inovação, competitividade e economia energética

Infraestrutura digital sustentável: motor de inovação, competitividade e economia energética

 

Como as empresas podem reduzir o impacto ambiental causado pela tecnologia que apoia suas operações? A resposta está na inovação e no compromisso com uma infraestrutura digital sustentável.

 

Diante da crescente necessidade de eficiência e sustentabilidade, as empresas enfrentam uma dupla responsabilidade: reduzir custos e cumprir com padrões ambientais rígidos que se tornaram requisitos fundamentais para manter a competitividade.  No entanto, o que nem sempre fica claro é que os dois objetivos podem ser complementares.  Na verdade, um estudo da Gartner indica que 80% das empresas consideram que suas iniciativas de sustentabilidade não só impulsionaram seu compromisso ambiental, como também contribuíram para otimizar e reduzir os custos operacionais.  Isto destaca a importância de contar com uma infraestrutura digital sustentável como uma solução estratégica para enfrentar este duplo desafio.

“Quando concebida e executada de maneira eficiente, a tecnologia pode ser um importante catalizador da sustentabilidade e eficiência empresarial”, observa Carlos Allende, diretor comercial da Cirion Technologies. Ele indica que “ao digitalizar processos e operações, as empresas podem reduzir consideravelmente sua pegada de carbono, otimizar o consumo de recursos e melhorar sua eficiência operacional, o que se traduz em economias substanciais em custos de longo prazo e uma resiliência maior diante de flutuações econômicas”.

 

Eficiência energética: o caminho para a sustentabilidade e a economia

 

Imagine sua jornada diária: você começa revisando os relatórios financeiros em seu tablet, analisa em tempo real as métricas de vendas e em seguida se conecta a uma videoconferência com a equipe global para discutir a expansão para novos mercados. Entre reuniões, você revisa na nuvem os últimos relatórios de sustentabilidade e, ao terminar o dia, acessa um sistema de gestão de projetos que permite monitorar cada área da empresa.

Cada uma dessas ações, da consulta de dados até a colaboração remota, depende de uma infraestrutura digital robusta, con data centers físicos y recursos para operar de forma constante e segura. Os data centers são essenciais na infraestrutura digital, mas também consomem uma grande quantidade de energia – em torno de 1% da eletricidade mundial, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Isto é só um exemplo de que, sem uma estratégia de sustentabilidade, estes sistemas essenciais podem representar altos custos operacionais e um impacto ambiental considerável.

“Para muitas organizações, o custo energético de operar data centers, redes e dispositivos digitais representa um custo importante.  Adotar tecnologias que otimizem o uso de energia não só diminui esses gastos como também permite uma gestão mais racional dos recursos”, comenta o diretor da Cirion Technologies. Ele acrescenta que “as empresas podem reduzir suas faturas energéticas através do uso de servidores de baixo consumo e soluções de gestão de dados na nuvem, o que também facilita a escalabilidade dos recursos sem aumentar o consumo de energia”.

 

Transformação digital redefine a sustentabilidade nas empresas

 

É compreensível que a implementação de uma infraestrutura digital sustentável, como parte da estrutura de transformação digital das empresas, implique um investimento inicial considerável, mas seus benefícios a longo prazo são inegáveis.  Allende, da Cirion Technologies, destaca as principais vantagens para os negócios:

 

  • Redução de custos operacionais: A eficiencia energética e o uso otimizado de recursos tecnológicos, do data center até as aplicações, permitem diminuir os gastos relacionados com a energía, o resfriamento de data centers e a manutenção, o que contribui para uma estrutura de custos mais ajustada e previsível.
  • Melhora da eficiência operacional: A infraestrutura sustentável impulsiona a digitalização e a automação de processos, reduzindo a redundância, acelerando operações e minimizando os erros humanos, e, em última instância, melhorando a produtividade geral.
  • Cumprimento de leis ambientais: As empresas podem se antecipar às crescentes leis ambientais através de uma infraestrutura de TI sustentável; assim, minimizam riscos de sanções e conseguem se adaptar melhor a futuros padrões.
  • Boa reputação: Comprometer-se com práticas sustentáveis fortalece a reputação da empresa. Os consumidores e investidores valorizam cada vez mais as práticas responsáveis e preferem apoiar empresas com um compromisso claro em relação ao meio ambiente, o que pode ser traduzido em receitas mais altas e fidelidade à marca.
  • Atração e retenção de talentos: Hoje, os profissionais valorizam trabalhar em empresas que promovam a sustentabilidade. Implementar estas práticas ajuda a atrair e reter talentos, em especial as gerações mais jovens, que priorizam empregadores com princípios ambientais sólidos.
  • Vantagem competitiva: Uma infraestrutura digital sustentável permite que as empresas se diferenciem em um mercado saturado, captando clientes e investidores que priorizam práticas sustentáveis e responsáveis.
  • Impulso para a inovação: A infraestrutura digital costuma incluir tecnologías avançadas como a inteligência artificial e a internet das coisas, que fomentam a inovação, abrindo oportunidades para desenvolver produtos e serviços que alinhem o crescimento empresarial com os objetivos de sustentabilidade.

 

Apoiar operações e processos empresariais em uma infraestrutura digital sustentável é hoje uma necessidade que abre, para qualquer empresa, a porta para um futuro mais rentável, resiliente e alinhado com os valores ambientais que os consumidores e a sociedade exigem atualmente.  Não se trata apenas de reduzir a pegada de carbono, mas de construir uma estrutura operacional eficiente, capaz de reduzir custos e otimizar recursos, enquanto a reputação da marca é reforçada e as leis ambientais cada vez mais rígidas são cumpridas.

“A adoção de uma infraestrutura digital ‘verde’ permite às empresas transformar os desafios ambientais e operacionais em oportunidades de crescimento e diferenciação, conseguindo manter sua competitividade no mercado e estabelecendo sua posição de liderança. Esta transformação em direção à sustentabilidade vai além de beneficiar o negócio; atinge também seus colaboradores, clientes e comunidades, garantindo um impacto positivo e duradouro em todos os níveis”, finaliza Allende.

Data Centers, Mercado Livre de Energia e ESG

Data Centers, Mercado Livre de Energia e ESG

Data Centers, Mercado Livre de Energia e ESG

Novas tecnologias e serviços emergentes como a Inteligência Artificial, mercado crypto, entre outras, aceleram as demandas energéticas dos Data Centers. O que é o Mercado Livre de Energia e como afeta as estratégias de ESG das empresas de Data Center no Brasil.

 

O relatório Renewables 2023, da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado em janeiro, prevê que a previsão de crescimento da demanda por eletricidade pode mais que duplicar até 2026. Os motivos: expansões de Data Centers, criptomoedas, e da inteligência artificial. Para se ter uma ideia, na Irlanda, por exemplo, os Data Centers vão consumir um terço da eletricidade do país nos próximos dois anos. O documento ainda aponta que esses três fatores, juntos, consumiram um total de 460 TWh, em 2022 – cerca de 2% da demanda global de eletricidade. Embora todo esse avanço se traduza em mais velocidade, segurança e qualidade de dados, o aumento dessa demanda deve gerar desafios em relação ao sistema elétrico, em todo o mundo. E mais: nos próximos anos, a demanda deve atingir entre 620 TWh e 1050 TWh e a procura global por eletricidade deve aumentar em 3,4% até 2026. O ponto central: essa necessidade poderá ser atendida pela geração de energias renováveis, como eólica, solar e hidrelétrica.

Os Data Centers serão as estruturas que mais crescerão, em todo o mundo, e necessitam de soluções cada vez melhores em eficiência energética para suportar adequadamente o ritmo de desenvolvimento e de consumo de energia necessários para o funcionamento adequado dos sistemas de armazenamento e processamento de dados.

No mercado brasileiro, o Mercado Livre de Energia tem um papel fundamental nas estratégias de sustentabilidade dos Data Centers.

 

Mercado Livre de Energia

A história do Mercado Livre de Energia no Brasil teve início em julho de 1995, data de publicação da Lei Nº 9.074 – Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico – que permitiu, pela primeira vez no país, a alguns grandes consumidores contratarem eletricidade de produtores independentes e não mais exclusivamente das distribuidoras de energia elétrica. No ano seguinte, o Ministério de Minas e Energia (MME) implantou o Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (RE-SEB) a exemplo de países como Grã-Bretanha, Finlândia, Ucrânia e Portugal que haviam passado por esse processo de desverticalização do fornecimento de energia. O projeto separou o setor em três áreas de atuação: geração, transmissão e distribuição; e criou órgãos como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Operador Nacional do Sistema Elétrica (NOS) e o Mercado Atacadista de Energia (MAE).

Em março de 2004, a Lei Nº 10.848 trouxe a desregulação do mercado de energia, que substituiu o MAE pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Essa mesma lei dividiu o mercado em dois ambientes de negociação de energia elétrica: o Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde o consumidor escolhe o fornecedor de eletricidade e tem liberdade de negociar essa contratação diretamente, e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), em que compra de energia é realizada diretamente com a concessionária e o valor é regulado pelo governo. Quase vinte anos depois, até o início desse ano, a compra livre de energia era direcionada para demandas acima de 1000 kW (quilowatts), o equivalente a contas com valores acima de R$ 150 mil/mês.

Uma nova regra foi sancionada em janeiro de 2024, ampliando o benefício para indústrias e comércios que consomem voltagem acima de 2,3 kV – cerca de R$ 8 mil/mês. Agora, essas empresas estão liberadas para negociar preços e fazer contratos direto com quem gera energia – os produtores de energia. Ou sejam usinas que convertem energia de diversas fontes (renováveis ou não) em energia elétrica. Estes agentes podem ser: concessionários de serviço público de geração, produtores independentes de energia elétrica e autoprodutores. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em cinco meses após a promulgação da nova regra, o número de migrações de consumidores brasileiros ao mercado livre de energia superou o total registrado ao longo de 2023. Foram 8.923 mil adesões de janeiro a maio de 2024, 21% acima do que foi realizado durante todo o ano passado. Uma tendência que não para de crescer.

O mesmo relatório Renewables 2023, reforçou a liderança do Brasil na América Latina em relação à expansão de energia renovável. As estimativas apontam um aumento de 165 gigawatts (gW) de geração renovável na região – entre 2023 e 2028, sendo que mais de 65% desse total é representado pelo Brasil. A energia solar lidera a expansão, seguida pela energia eólica.

 

Os caminhos para transição energética dos Data Centers

A energia elétrica não é a atividade central de um Data Center, mas é um dos principais componentes de custo e deve garantir uma disponibilidade o mais próximo possível de 100%. É fundamental, nesse sentido, buscar soluções que tragam mais sustentabilidade por meio da otimização de recursos e do uso inteligente de fontes renováveis. A eficiência energética não só reduz as contas de energia, mas também permite às empresas o controle de seus custos energéticos.

Os novos mecanismos legais para possibilitar o acesso à geração, produção e distribuição de energias renováveis, por meio de contratos diretos com esses agentes, abrem um caminho bastante otimista em relação ao equilíbrio dessa equação: mais desenvolvimento, menos impacto. Sim, os Data Centers podem ser pontos chave para a redução de impactos ambientais, uma vez que desempenham um papel importante na transição dos consumidores comerciais para fontes de energia mais limpas.

Sabemos que as discussões sobre o Mercado Livre de Energia seguem avançando no Brasil. Porém, a liberdade de negociação, escolha de fornecedores e personalização dos contratos têm o potencial de resultar em preços mais competitivos para os consumidores. Esse é um caminho sendo trilhado de forma inicial por muitas empresas e consumidores, e que exige um conhecimento e acompanhamento específico nos processos de compra e gestão de custos.

Se foram necessários trinta anos para avançarmos na direção de um mercado mais aberto, acessível e competitivo para obtenção de energia elétrica mais sustentável, teremos um intervalo de tempo muito menor para solucionar os desafios da eficiência energética nos Data Centers, que poderá servir de exemplo para outros setores.

 

Cirion e o Mercado Livre de Energia

A Cirion no Brasil contrata energia diretamente pelo Mercado Livre de Energia já há vários anos, sempre privilegiando os produtores de energia renovável. A experiência nos mostra que a atenção à Sustentabilidade da operação é um diferencial importante quando atendemos grandes empresas, principalmente de mercados e segmentos mais exigentes e regulados, assim como traz resultados financeiros positivos à operação e benefícios de médio e longo prazo à sociedade em que todos vivemos.

Autor:

Rodrigo Oliveira
Diretor de Negócios – Data Center, Cloud & Security
Cirion, Brasil

Com mais de 30 anos de experiência no segmento de Data Center e Telecomunicações, Rodrigo traz para os clientes da Cirion o direcionamento necessário para aproveitar a tecnologia a favor da expansão dos seus negócios. Atuou em diversas multinacionais no Brasil, ajudando a construir a operação da Diveo no país. Também foi presidente da unidade da UOL Diveo na Colômbia, quando realizou a venda da filial a Riverwood/Synapsis. Esteve também no comando da Matrix Datacenter.

Inovação tecnológica em Data Centers: onde estamos e para onde vamos?

Inovação tecnológica em Data Centers: onde estamos e para onde vamos?

 

A evolução tecnológica dos data centers tem sido uma das forças motrizes por trás da transformação digital que marcou a última década.  Desde o ápice do big data até a ubiquidade dos serviços na nuvem, os centros de dados têm sido os pilares que sustentam o amplo ecossistema digital atual.  Nesse contexto, é fundamental nos perguntarmos: onde estamos e para onde vamos em termos de inovação tecnológica nos centros de dados?

Hoje em dia, os Data Centers são caracterizados por sua complexidade e eficiência.  Um dos avanços mais significativos foi a adoção de arquiteturas hiper convergentes que integram computação, armazenamento e redes em uma única solução. Esta integração permite uma gestão mais simples e uma flexibilidade maior para escalar recursos de acordo com as necessidades, o que é vital em um ambiente onde a demanda por processamento de dados cresce exponencialmente.

Além disso, a sustentabilidade tornou-se uma prioridade.  Os centros de dados são notórios consumidores de energia e as empresas estão sob pressão para reduzir sua pegada de carbono.  Inovações no desenho de infraestruturas, como o uso de energias renováveis e sistemas de refrigeração mais eficientes, estão mudando a forma como esses gigantes tecnológicos operam.  Projetos que utilizam água fria do oceano para o resfriamento ou que buscam substituir suas fontes de energia não renováveis por outras que sejam, são exemplos de como a indústria está buscando soluções criativas e ecologicamente responsáveis.

Isto está vinculado não só ao presente como também ao futuro, já que duas tendências prometem revolucionar ainda mais o cenário: a inteligência artificial (IA) e edge computing.

A IA está começando a desempenhar um papel crucial na gestão de centros de dados.  Ferramentas baseadas em IA podem prever falhas em hardware, otimizar o consumo de energia e melhorar a segurança através da análise de padrões e detecção de anomalias.  Esta eficiência não só reduz custos operacionais como também contribui significativamente para a sustentabilidade.

Edge computing, por outro lado, representa um afastamento do modelo tradicional dos data centers centralizados. Ao aproximar o processamento de dados de onde são gerados, reduz-se a latência e melhora-se o desempenho das aplicações críticas, como os veículos autônomos e a Internet das Coisas (IoT). Esta descentralização exige um novo foco na infraestrutura e na segurança, mas também abre a porta para uma era de serviços mais rápidos e personalizados.

E quanto maiores o volume e o movimento, maiores os riscos.  Por isso, a segurança continua sendo uma preocupação fundamental.  À medida que os centros de dados administram volumes maiores de informações sensíveis, tornam-se um alvo mais atraente para os cibercriminosos.  A implementação de IA pode ajudar a detectar e mitigar ameaças, mas também introduz novos vetores de ataque que exigem uma vigilância constante.

Por isto mesmo, a ética na gestão de dados é um tema que não pode ser ignorado.  As leis como o GDPR na Europa são passos importantes para a proteção dos direitos dos usuários, mas as empresas devem ir além do cumprimento de leis e adotar uma postura proativa na gestão ética dos dados.

Todos esses temas são parte da agenda dos Data Centers para o presente.  Por isto, dizemos que a inovação tecnológica em centros de dados encontra-se em um ponto de inflexão. As tendências atuais, como a hiper convergência e a sustentabilidade prepararam as bases para um futuro em que a IA e o edge computing desempenharão papéis fundamentais.  No entanto, os desafios em segurança e ética devem ser abordados com seriedade para garantir que esta evolução seja benéfica e responsável.

Conforme avançamos em direção a centros de dados mais inteligentes e autônomos, aumentam muito as oportunidades de transformação de indústrias inteiras.  A chave está em como administramos essa transição, equilibrando a inovação com a responsabilidade e o compromisso com um futuro sustentável.  Se o fizermos da forma correta, os data centers não só apoiarão nosso mundo digital como o promoverão a novas fronteiras de possibilidade e progresso.

Autor:
Nelson Fonseca
Presidente, Data Centers
Cirion Technologies

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