O aumento do trabalho à distância como consequência da pandemia de coronavírus não tem precedentes. Segundo os dados da consultoria especializada em crescimento, Frost & Sullivan, o número de pessoas que trabalha com frequência de casa multiplicou-se por dez e espera-se que pelo menos metade daqueles que incorporaram esta modalidade de trabalho continue realizando suas tarefas à distância quando isto tudo tiver passado. De fato, uma consulta que circulou pelas redes sociais mostra que 12% dos mais de 3000 consultados voltariam a trabalhar unicamente de suas casas e que 48% do total trabalharia mais tempo de casa do que do escritório.

No entanto, apesar de muitas empresas terem optado pelo teletrabalho como parte desta emergência não significa necessariamente que tenham dado o pontapé inicial em direção a uma verdadeira estratégia de trabalho remoto. Uma coisa é certa: em apenas algumas horas, foram derrubadas barreiras criadas há anos e que ameaçavam levar ainda um tempo para ser instaladas, pelo menos parcialmente. Empresas que nem haviam contemplado o trabalho à distância como opção e que garantiam que pela natureza de seu negócio "não era possível fazê-lo", ou que tinham implementado o teletrabalho para poucos colaboradores, de repente se deram conta de que era mais viável.

O primeiro passo está dado: foi gerada uma quebra cultural e a tecnologia foi utilizada para favorecer a continuidade do negócio, demonstrando que estávamos subutilizando os recursos de informática disponíveis. À medida que a nova normalidade começa a ser estabelecida, se torna necessário continuar avançando. O teletrabalho não consiste apenas do fato de que os colaboradores possam se comunicar através de videochamadas. Requer uma revisão completa dos processos, da qualidade do serviço e da estratégia de segurança.

As comunicações unificadas, por exemplo, oferecem a cada colaborador um escritório colaborativo no qual gravita e se integra às diferentes ferramentas necessárias para
cumprir sua tarefa, sempre com foco na experiência do usuário, de forma que mantenha os níveis máximos de produtividade e compromisso. Ao mesmo tempo, permite aos administradores um monitoramento contínuo, um elemento-chave quando os membros de uma equipe estão fisicamente distantes uns dos outros.

Esses escritórios colaborativos, adicionalmente, deverão ser combinados com soluções dedicadas a enriquecer a experiência do cliente, baseadas em autogestão e inteligência artificial. Um relatório da Gartner afirma que de 76% das pessoas que iniciam um ciclo de autogestão, apenas 9% consegue completá-lo sem passar para um canal com intervenção humana. Neste contexto remoto, no qual a demanda por canais virtuais aumentou de forma exponencial, esta camada de autosserviço deve ser vista como um projeto de longo prazo que englobe todos os processos nos quais for aplicada.

Um serviço gerenciado de comunicações unificadas permite, além disto, configurações rápidas e à distância que não requerem instalação física. Em um cenário como o que vivemos, com fortes restrições à mobilidade, é fundamental contar com a possibilidade de seguir escalando, independentemente de onde os colaboradores estejam. Esta ubiquidade destaca também o tema da segurança: até sistemas que sempre funcionaram "da porta para dentro" e que nunca exigiram fortes medidas de controle, como as comunicações por voz, hoje estão dispersos e distribuídos e isto os torna vulneráveis. É preciso repensar a estratégia de segurança para proteger os dados, o trabalho dos colaboradores e o cliente.

As empresas que fomentarem o trabalho remoto não só garantirão sua continuidade como aconteceu durante esta pandemia, como também estarão melhor posicionadas para acessar o melhor talento, sem nenhum limite geográfico.

Jon Paul "JP" McLeary

Autor:
Sergio Calviello
Diretor de Data Center, Cloud & Segurança
Lumen, Cluster Sul

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