A adaptação que define o sucesso ou o fracasso de uma empresa, ou até de toda uma indústria, caracteriza-se por um denominador comum impossível de ser ignorado: a Transformação Digital.
Para alguns pessimistas, demorou demais. Para os otimistas, começou mais cedo do que o esperado. Independente da postura, já é possível observar os primeiros lampejos da retomada corporativa pós-pandemia.
Obviamente, há indústrias que ainda estão longe de abandonar a parte inferior da curva, como as de aviação comercial e varejo. No entanto, outras demonstraram uma surpreendente resiliência comercial, como os bancos e as telecomunicações, conseguindo adequar-se ao cenário da Covid-19, adaptando seus processos e reagindo com velocidade e eficiência ao novo contexto global.
E é na adaptação que se encontra a chave da sobrevivência. Charles Darwin a identificou claramente quando apontou que “não é a mais forte das espécies a que sobrevive, tampouco a mais inteligente. É aquela que se adapta melhor à mudança”. É preciso apenas mudar – espécies por empresas – e sua afirmação tem total validade, no mínimo 150 anos após ser criada.
Esperada ou surpreendente, a pandemia do Coronavírus acelerou o processo natural do Darwinismo Corporativo que segue valendo no atual contexto da 4ª Revolução Industrial.
Neste caso, a adaptação que define o sucesso ou o fracasso de uma empresa, ou até de toda uma indústria, caracteriza-se por um denominador comum impossível de ser ignorado: a Transformação Digital.
Todas as empresas que estão conseguindo evitar a pandemia com sucesso, e que já mostram sinais de recuperação, compartilham da adoção de tecnologias novas e inovadoras em seus processos operacionais e produtivos, como a computação quântica, a inteligência artificial, big data, automatização, soluções de nuvem, machine learning, robótica e realidade aumentada.
Estas soluções tecnológicas, possíveis de serem implementadas em diferentes escalas e ajustadas a qualquer setor produtivo, estão demonstrando ser as catalizadoras da Transformação Digital e da 4ª Revolução Industrial, já que sua adoção está facilitando às empresas escalar e operar em cenários cada vez mais dinâmicos e exigentes.
Sob este novo paradigma, hoje é indispensável discutir e reformular a forma de compreender os negócios antes da Covid-19, integrando nos modelos e projeções o valor disruptivo que as novas tecnologias de informação e comunicação oferecem.
As dinâmicas corporativas pós pandemia precisarão se adaptar a um novo cenário onde tudo parecerá uma montanha. Os paradigmas anteriores não podem ser aplicados nesta nova realidade. O desafio é enorme e implica na adoção de uma liderança proativa, elemento básico para seguir sendo competitivo.
Por mais maniqueísta que pareça, o Darwinismo Corporativo não deixa espaço a outras alternativas e, se o objetivo é superar com sucesso esta pandemia, esta pode ser a grande oportunidade para dar o salto qualitativo para a 4ª Revolução Industrial.
Falaremos sobre este e outros temas relacionados nos dias 22 e 23 de setembro no CenturyLink Forum2020 Latin America, com uma experiência virtual da qual participarão especialistas de todo o continente.
Para mais informações: https://www.centurylinkforumlatam.com/
Autor:
Hector Alonso
Presidente Regional
Lumen, América Latina