Os líderes tecnológicos impulsionam um mundo paralelo e virtual sem barreiras físicas, onde será possível testar qualquer tipo de experiência e realizar negócios, o que transformou o metaverso em um novo mercado. Um estudo da Bloomberg Intelligence calcula que a oportunidade de mercado para o metaverso pode atingir US$ 800 bilhões até 2024.
Alguns analistas acreditam que o metaverso é a evolução da conectividade, onde as comunidades virtuais convergirão em um ambiente cada vez mais real e as atividades cotidianas, como comprar roupas, poderão ser realizadas.
Segundo um estudo da Bloomberg Intelligence, em 2021 o valor do metaverso chegou a cerca de US$ 500 bilhões e poderia quintuplicar até 2030[1]. Os mesmos analistas calculam que a oportunidade de mercado para o metaverso pode chegar a US$ 800 bilhões até 2024[2], posicionando-o como um dos novos avanços tecnológicos mais importantes dos últimos tempos.
Isto traz novas oportunidades de negócios para várias indústrias, como por exemplo a de criadores de videogames, criando oportunidades de novos investimentos que poderiam chegar a 412,9 bilhões de dólares até 2024.
Dado o grande número de transações comerciais previstas no metaverso, em um futuro próximo talvez fosse mais adequado falarmos em uma economia dentro do metaverso, com suas próprias moedas de troca, o que cria uma perspectiva tentadora para qualquer pessoa já envolvida em comércio online.
A moeda de troca no metaverso será, sem dúvida, a criptomoeda, o que impulsionará seu uso e aumentará seu valor. De acordo com a statista.com[3], em 10 de janeiro de 2022 a principal moeda virtual por volume de negociação foi o Tether, com um volume de US$ 48,1 milhões. A segunda posição foi ocupada pelo Bitcoin, com US$ 21,1 milhões de dólares, ou seja, um tipo de câmbio que será energizado com as aplicações do metaverso.
Mas o que significa tudo isto para o comércio eletrônico ou para as transações digitais? Haverá um impulso ou o metaverso vem para fortalecer um modelo já consolidado?
Com a idéia básica de que o metaverso será um mundo virtual que poderia complementar nosso mundo físico, deduz-se que o comércio eletrônico ou digital fará parte integral desta plataforma.
Vejamos como funciona. O principal ‘metaconceito’ sendo promovido é o de que um consumidor com um avatar digital o carrega consigo em todas as suas interações na web, ao invés de ter um perfil diferente para cada site. Pense nisto mais ou menos como ter a mesma foto de perfil e biografia em todas as plataformas de redes sociais, simplesmente lhe acompanhando automaticamente em 3D e com um nível maior de personalização.
É aqui que entra em jogo o comércio eletrônico ou as transações digitais. A personalização destes avatares e, por extensão, a criação de uma pessoa e talvez até de uma marca pessoal online, será impulsionada pela compra de artigos virtuais como roupas, veículos e outros acessórios que têm usos funcionais e decorativos online.
Se considerarmos que em seu relatório “2021 Online Retail Forecast, Latin America” a Forrester Research[4] apontou que o comércio eletrônico do Brasil, México e Argentina cresceu a uma taxa anual de 16,6% para atingir um faturamento de US$ 45 bilhões em 2021, então as previsões andam juntas com o impulso do metaverso e seu objetivo de popularizar sua economia digital no continente.
Sendo assim, o metaverso eliminará muitas das restrições físicas que vemos no comércio atual e possibilitará negócios completamente novos. Assim como o metaverso é a próxima encarnação da Internet, o metacomércio será a próxima encarnação do comércio eletrônico.
Para isto, será fundamental avaliar como os países e as normas de comércio internacional começarão a adaptar suas estruturas regulatórias e tributárias a esta nova realidade. Da mesma forma, busca-se entregar novos padrões de segurança para a informação pessoal e financeira de todos os atores envolvidos.
[1] https://es.statista.com/estadisticas/1276104/valor-estimado-del-metaverso/
[2] https://www.bloomberg.com/professional/blog/metaverse-may-be-800-billion-market-next-tech-platform/
[3] https://es.statista.com/estadisticas/657259/princiaples-criptomonedas-por-volumen-de-negociacion-a-nivel-mundial/
[4] https://www.forrester.com/report/2021-online-retail-forecast-latin-america/RES175793
Autor:
David Iacobucci
Diretor Comercial
Cirion, Chile