Indústria 4.0: chave para o desenvolvimento da América Latina

Indústria 4.0: chave para o desenvolvimento da América Latina

A Indústria 4.0 combina técnicas avançadas de produção e operação com tecnologias inteligentes que buscam integrar empresas e pessoas para tornar os negócios mais produtivos e rentáveis. Este conceito, sobre o qual se escuta há alguns anos e que tomou força em 2020, é o presente e o futuro das empresas. 

Mesmo com os benefícios que agrega às sociedades através de diferentes ramos produtivos, é claro que em termos de tecnologia, na América Latina existem áreas de oportunidade para as prioridades dos governos da região.   

Uma análise realizada pela Cirion Technologies, uma provedora líder de infraestrutura digital e tecnologia para organizações de diversos segmentos e indústrias, revela que o investimento em desenvolvimento nos países da América Latina é significativamente inferior em comparação a outros países. 

No México, investe-se 0,5% do PIB, percentual abaixo da média mundial, que fica em 2,2% e acima apenas da Colômbia e do Chile, que investem menos de 3%, enquanto países como Israel investem 4,5%.  

De acordo com esta análise, que reúne dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os benefícios da indústria 4.0 seriam refletidos em um crescimento adicional de 3% até 2030 nos países da região. Isto, caso se consiga fechar a lacuna de digitalização existente, o que significa que os governos teriam que investir 60% a mais de seus respectivos orçamentos. 

De acordo com as expectativas, fechando essa lacuna seria possível gerar aproximadamente 700 bilhões de dólares e cerca de mil empregos por ano na região. 

A implementação de uma infraestrutura de TI e a transformação digital como um todo permitirão que as empresas resistam, cresçam e se diferenciem no mercado, que aumentem sua competitividade em nível internacional e que trabalhem na otimização dos recursos naturais.  

No caso da saúde, a telemedicina é o resultado da infraestrutura digital, que oferece uma série de benefícios aos pacientes e aos profissionais de saúde, tais como a redução de barreiras de acesso aos sistemas médicos e a diminuição de custos. 

O agro foi outro setor econômico que apostou na tecnologia. Machine learning, inteligência artificial, vídeo analítica, geolocalização e blockchain são algumas das soluções tecnológicas que se ajustam às necessidades dos produtores, que buscam otimizar os recursos, aumentar a competitividade e reduzir o impacto negativo dos eventos climáticos.  Com o uso dos dados obtidos através de sensores, câmaras e drones, é possível tomar decisões mais precisas em menos tempo, pois são baseadas em dados e informação de análise estatística. 

A indústria 4.0 também bateu à porta do setor educacional. Como resultado da COVID-19, as instituições de ensino superior implementaram tecnologias para retomar as aulas de forma presencial, com o uso de soluções que ajudam a detectar aglomerações e monitorar postos de trabalho. 

O setor financeiro há muitos anos investe em tecnologia, pensando em um atendimento de qualidade e na proteção de seus clientes.  No entanto, as soluções evoluíram e atualmente é possível contar com ferramentas que garantem o monitoramento de caixas eletrônicos de forma remota em zonas afastadas do país. 

Outro setor que trabalhou em sintonia com o uso de soluções tecnológicas foi o de Varejo. Graças ao marketing digital, é possível saber as preferências de um cliente e os produtos que compra.  A partir do e-commerce, as empresas e plataformas de vendas online podem identificar modelos claros de negócios para aumentar suas vendas. 

Todas estas novas tendências irão se desenvolvendo com maior eficiência graças à tecnologia 5G, que potencializa a velocidade para ter conexões 10 vezes mais rápidas em largura de banda para celulares e aplicações industriais, com uma velocidade até 40% maior.  Adicionalmente, estas novas tecnologias conseguiram solucionar desafios que estamos enfrentando como sociedade. 

É provável que esta revolução mude a forma como as coisas são feitas, mas pode ser que afete também a maneira como os clientes interagem com elas e as experiências que esperam ter enquanto interagem com as empresas.  Além disto, poderia gerar mudanças na força de trabalho, o que exigiria novas qualificações e novos postos de trabalho.

Michael Lawson

Autor:
Jaime Durán
Diretor de Data Products
Cirion Technologies

Com mais de 25 anos de experiência na indústria de telecomunicações, Jaime Duran é diretor de Data Products na divisão de Global Sales da Cirion. Ele é responsável pela gestão e desenvolvimento do México, América Central e Caribe, além de ser responsável também por uma equipe regional para a gestão clientes e oportunidades entre a América Latina e outras regiões do mundo. Jaime é Engenheiro Elétrico graduado pelo Manhattan College, possui Master em Engenharia Elétrica pela Universidade de Notre Dame e um MBA do INALDE.

O caso do otimismo tecnológico

O caso do otimismo tecnológico

Recentemente, meu mandato terminou como presidente do Fórum Global de Líderes da ITW (GLF), um grupo que reúne representantes das operadoras atacadistas (wholesale) mais influentes do mundo. Foi uma experiência incrível.  O cargo me deu a oportunidade de ver as preocupações da indústria de forma holística, ao invés de vê-las de um ponto de vista corporativo específico. Também me permitiu trabalhar com meus pares durante um dos períodos mais desafiadores da memória recente, em uma ampla gama de questões importantes, tais como diversidade e interconectividade.

Nossas conversas de conselho e grupos de trabalho me deram uma ampla gama de perspectivas e práticas, que por outro lado me ajudaram a confirmar um de meus princípios fundamentais:  o de que vivemos em uma era de otimismo tecnológico. A pandemia reforçou que nunca podemos escapar das incertezas, mas também acredito que dias de esperança e progresso nos aguardam. Aqui estão algumas tendências que se destacam.

Diversidade agora é uma prática, não uma palavra da moda.

Ao longo de minha carreira, vi uma transformação dramática na forma como valorizamos a diversidade e a inclusão.  O que antes percebíamos como algo “bom de ser ter” rapidamente se transformou em algo “imprescindível”.  O GLF divulgou seu terceiro relatório de Diversidade, Inclusão e Pertencimento (DIB, nas siglas em inglês) na Semana Internacional de Telecom de 2022, em maio. Entre as empresas que participaram de nossos dois relatórios, 54% indicaram que DIB impulsiona o desempenho individual, atrai e retém talentos, melhora a inovação e possibilita relações mais estreitas com os clientes.

Os clientes estão no comando.

Acredito muito na centricidade do cliente, em usar os insights de clientes para determinar prioridades e decisões de negócios, enquanto alavancados dados para fazer a coisa certa, no momento adequado para os clientes.   Os clientes estão ávidos por largura de banda e conectividade e precisamos entregar estes serviços de forma segura e oportuna, com um entendimento integral de suas necessidades de negócios.  Novas tecnologias, como blockchain, também exigem que provedores de rede ofereçam ambientes seguros para dados e colaboração, incluindo uma segurança cibernética sólida e padrões consistentes.  Ao nos mantermos próximos de nossos clientes, podemos garantir que a inovação continue colaborativa e relevante para o que é importante para eles.

A humanidade é nossa verdadeiro resultado final.

Os líderes de negócios reconhecem que a tecnologia transformou a forma como vivemos e trabalhamos. Aqueles que são responsáveis por fornecer dados e aplicações entendem nosso impacto no bem-estar da sociedade e o papel que podemos desempenhar para construir economias sustentáveis.  Na Cirion, focamos em promover o progresso humano através da tecnologia.  É nosso mantra, o que nos faz vir ao trabalho todos os dias.  A pandemia destacou a importância de manter comunidades conectadas através da tecnologia e deixou claro que a conectividade de redes representa um serviço essencial em todo o mundo, assim como água e eletricidade.

A tecnologia acelera a inovação, quase ao ponto de fazer com que milagres se transformem em algo corriqueiro.  Por exemplo, consideremos a velocidade extraordinária com que as empresas farmacêuticas conseguiram desenvolver vacinas eficazes para tratar da crise da Covid-19.  Há algum tempo, bastava garantir que todos estivessem conectados.  Agora, podemos tornar a conectividade um componente central por trás de uma mudança significativa e positiva, e isto é claramente algo pelo qual ser otimista. 

Leia o post original em inglês > https://blog.lumen.com/the-case-for-technological-optimism/

Michael Lawson

Autor:
Laurinda Pang

Laurinda Pang é Presidente de Global Customer Success da Cirion. Ela traz mais de 25 anos de experiência em telecomunicações a esta função, que ajuda a proteger, cultivar e avançar relacionamentos com clientes corporativos. Laurinda também lidera os resultados comerciais e operacionais na Ásia-Pacífico, América Latina, Europa, Oriente Médio e África e o negócio de wholesale da Cirion. Ao longo de sua carreira, Laurinda conduziu importantes iniciativas de negócios enquanto ocupou diversas posições de liderança na América do Norte, na Level 3 Communications e na Global Crossing.

Conectividade com alta largura de banda e baixa latência: a coluna vertebral do metaverso

Conectividade com alta largura de banda e baixa latência: a coluna vertebral do metaverso

O metaverso conquistou o palco: este novo universo virtual e imersivo que redefine a maneira de interagir, entreter e trabalhar das pessoas, implica também novos desafios para as organizações. O chamado “metaverso industrial”, ou “metaverso de negócios”, promove novos espaços para lançar produtos, realizar eventos com clientes, fazer demonstrações à distância, expor novas experiências para os consumidores ou impulsionar a colaboração entre os membros da equipe, entre diversos outros casos de uso. 

Não há limites: a combinação de tecnologias 3D, realidade virtual e realidade aumentada, big data, computação de alto desempenho, e inteligência artificial permite simular qualquer situação ou criar gêmeos digitais. Ou seja, reproduções de elementos da realidade (desde uma máquina até uma fábrica, de uma rede elétrica a um percurso ferroviário, e de um edifício a uma cidade inteira) para realizar testes ou mudanças em situações hipotéticas com custo muito baixo, sem atrasos e sem riscos de disrupção.   Desta forma, os elementos bem-sucedidos podem em seguida ser implementados na realidade.  Uma equipe técnica que precisa testar o motor de um veículo diante de diversas circunstâncias, por exemplo, pode sentir a aceleração, a velocidade, os ruídos e muitas outras variáveis. 

A coluna vertebral para o funcionamento do metaverso, do ponto de vista tecnológico, é a internet. Ele pode estar hospedado tanto na nuvem quanto na borda.  Para entregar a melhor experiência, a conectividade deve fornecer altos níveis de largura de banda e latência mínima. 

É que o processamento e a transferência de uma enorme quantidade de dados em tempo real, e a velocidade de resposta, são chave: tratam-se de ambientes multiusuário nos quais todos os avatares (ou usuários) devem enxergar a mesma realidade.  As ações de cada um, um movimento, algo que fala, um elemento que mostra ou compartilha, impacta todos os outros. Um atraso de apenas um segundo pode “quebrar” a sensação de realidade deste universo alternativo. 

“O serviço de infraestrutura de redes respaldando os metaversos deve estar altamente interconectado para minimizar a latência, fornecer propostas de borda para aproximar o processamento do local onde os fatos são produzidos e oferecer o máximo de largura de banda para apoiar experiências imersivas e complexas com qualidade máxima”, sustenta Alejandro Girardotti, Diretor Regional de Conectividade e Conteúdo da Ciron LATAM. 

A Plataforma Cirion combina uma rede de fibra ótica para conectar diferentes nuvens, – tanto públicas quanto privadas, edge (borda) e terminais – serviços gerenciados de ponta a ponta, e uma capacidade de processamento de baixa latência para qualquer tipo de aplicação que, em conjunto, garantem os níveis de desempenho, flexibilidade, agilidade e segurança que o metaverso exige.

Tecnologia e saúde: juntas pelo bem-estar

Tecnologia e saúde: juntas pelo bem-estar

 

Em um mundo cada vez mais tecnológico, no qual o setor busca promover melhor hospitalidade e humanização, quais são as tecnologias que podem entregar a seus clientes ou pacientes as melhores experiências relacionadas ao bem-estar? 

Assim, com o objetivo de promover o Dia Mundial da Saúde, celebrado no passado dia 7 de abril, apresento, neste artigo, um breve panorama sobre como essa relação está cada dia mais presente.  

Para começar, é importante destacar que, há poucos anos, a transformação digital era pouco explorada no setor. Pelo menos, pelos grandes players. Isso possibilitou uma grande expansão de startups e empresas, que passaram a atuar de forma holística em soluções que unem com êxito tecnologia e saúde, facilitando a vida de pacientes, médicos e operadoras, denominadas healthtechs.  

O estudo Distrito Healthtech Tech Report 2020 afirma que número de heathtechs no Brasil aumentou 118% entre 2018 e 2020. O relatório ainda reporta que, atualmente, são mais de 500 startups com esse foco em atividade e, pelo menos a metade delas, têm menos de 5 anos. 

São inovações que vão desde sistemas de compartilhamento de informação capazes de diminuir a permanência em unidades de terapia intensivas, até monitoramento em tempo real de condições do paciente, para acionar cuidados específicos imediatamente no caso de mudanças nos sinais vitais. 

Isso tudo, sem falar no uso da robótica para realizar cirurgias à distância e no armazenamento de dados para unificar prontuários médicos e garantir cuidado contínuo da saúde, independente do médico que a pessoa visite. 

Por meio de uma conexão robusta, composta por uma infraestrutura de rede eficiente, (Potencial de nova conectividade para criar Inteligência Artificial do futuro (lumen.com) é possível integrar sistemas, processar análises de big data e inteligência artificial e ir além do básico para oferecer bem-estar para as pessoas. Neste contexto, destaco alguns exemplos;

Telemedicina 
Um dos principais avanços dos últimos tempos quando se fala na relação entre tecnologia e saúde é a telemedicina. De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital (Saúde Digital Brasil), entre 2020 e 2021 foram mais de 7,5 milhões de atendimentos no Brasil. 

A telemedicina permite a realização de exames mais sofisticados e específicos em localidades remotas, além de baratear os custos aumentando o acesso à saúde. Isso acontece porque não há mais a necessidade de manter determinados especialistas na equipe, uma vez que os exames podem ser laudados à distância.

Softwares de gestão e prontuário eletrônico
A utilização de softwares de gestão, organiza os fluxos de informações e otimiza processos administrativos, auxiliando na gestão do corpo funcional, das finanças, suprimentos etc.

Com o prontuário eletrônico, as informações relativas ao paciente e ao tratamento são armazenadas e atualizadas em tempo real e acessível para todos os profissionais envolvidos no atendimento, de forma remota e simultânea.

Internet das Coisas
A Internet das Coisas, IoT (Internet of Things, em inglês), resume a conexão de objetos comuns do dia a dia com a internet. Nessa categoria, estão desde sensores de temperatura, umidade e vibração para os ambientes críticos até os Wearables, dispositivos vestíveis conectados, tais como relógios e roupas.

Esses dispositivos podem coletar dados sobre a localização, pressão sanguínea, glicemia, batimentos cardíacos, conta passos etc., atuando como monitores de saúde. O uso dos wearables dá ao paciente maior participação no controle da sua saúde.

Na área da saúde, estas tecnologias avançam a cada dia e trazem mais agilidade nos processos, otimização da rotina do médico e outros profissionais de saúde e eficiência na gestão de hospitais e clínicas.

Cloud Computing
Os serviços de TI em nuvem trouxeram uma série de oportunidades de acesso à tecnologia de ponta, e com o Cloud Computing, as instituições não precisam investir na construção e manutenção de um parque tecnológico para o desenvolvimento e suporte a sistemas internos.

Investindo no amanhã 
É fundamental acompanhar essas tendências para aumentar a qualidade do atendimento, reduzir custos e proporcionar mais segurança e bem-estar para os pacientes.

Entretanto, para que as diversas aplicações de tecnologia na saúde, das mais simples às mais conceituais, saiam do papel, é preciso investimento. Um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) afirma que apenas 4,5% dos players do segmento investem em tecnologia.  

Com isso, além do acesso a soluções disruptivas ser postergado, outra preocupação vem à tona: como esses dados são tratados e armazenados? O quanto desse pouco investimento vai para a criação de uma infraestrutura segura e eficiente, que tenha baixa latência nas conexões e que seja capaz de garantir a confidencialidade dos dados armazenados? 

Afinal, para que a transformação digital seja realmente eficaz para o setor de saúde, é preciso estar pronto para lidar com tudo o que está relacionado a  estas questões, desde a Infraestrutura de Rede até a cibersegurança, principalmente,  com o que é exigido pela Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD.   

Com dados de saúde altamente sensíveis, confidenciais e relevantes, a disponibilidade e a segurança cibernética são indispensáveis para uma governança voltada aos processos de gestão de risco, que envolvem o bem-estar dos clientes, a reputação e a sustentabilidade do negócio.

Michael Lawson

Autor:
Raphael Zara
Product Manager
Cirion, Brasil
Especialista em Produtos de Dados, com foco no desenvolvimento de  novos negócios, traz mais de 20 anos de experiência no setor de TIC.

Das Olimpíadas à transformação da humanidade

Das Olimpíadas à transformação da humanidade

As telecomunicações foram estendidas para todo o mundo em meados do século XIX, através do telégrafo, do telefone, do rádio e da televisão. No entanto, não foi até meados do século XX, quando os satélites decolaram da Terra e foram colocados em órbita, que a transmissão simultânea de informação conectou todos os cantos do planeta.  Os serviços satelitais evoluíram muito desde sua não tão antiga implementação e ainda que podamos esquecer que eles estão por aí, o impacto que tiveram na transformação da humanidade é inigualável. 

Os sistemas satelitais permitem fornecer serviços de telecomunicações a áreas ou comunidades isoladas ou com limites de acesso, onde os sistemas de comunicações terrestres não oferecem cobertura ou cuja implementação é economicamente inviável. Por isto, começaram como uma ferramenta fundamental para as comunicações à distância. 

Se o lançamento do primeiro satélite ‘early bird’ não tivesse tido sucesso em 1963, provavelmente muitos dos serviços de telefonia, televisão e internet dos quais desfrutamos atualmente não seriam possíveis.  Simplesmente, sem a primeira conexão do México com os satélites de comunicação da Intelsat (Organização de Telecomunicações Satelitais) através de sua estação terrestre de Tulancingo, Hidalgo, a transmissão dos Jogos Olímpicos de 1986 para todo o mundo não teria ocorrido. 

Desde os anos sessenta, os satélites têm sido utilizados para oferecer serviços televisivos, de radiodifusão, de transmissão de dados e voz, fortalecendo os sistemas de distribuição de informação para as indústrias e na prevenção de ocorrências (como fenômenos meteorológicos, por exemplo). Com a evolução da tecnologia, a humanidade continuou seu progresso em todos os aspectos e neste sentido, as capacidades satelitais evoluíram. 

Hoje, os satélites foram além de suas capacidades iniciais para agregar valor a cada conexão gerada, otimizando tempo e recursos em atividades corporativas que muitas vezes são complementadas por infraestruturas terrestres. Os serviços satelitais permitiram que as empresas de distintas indústrias avançassem no desenvolvimento de suas soluções e na entrega de serviços, alinhadas às necessidades atuais através do monitoramento de tráfego e de latência. 

Em setores que exigem velocidade e largura de banda específica, ou nas que podem ter uma largura de banda compartilhada, há redes satelitais com capacidades de ponta a ponta.  As aplicações de Internet das Coisas (IoT) para a tomada rápida de decisões no campo empresarial aumentou a demanda por serviços satelitais flexíveis, motivo pelo qual continuaremos observando transformações neste âmbito. 

A evolução dos serviços satelitais continuará ocorrendo em conjunto com nosso desenvolvimento como humanidade e ainda veremos de que forma avançará para conseguir sustentar não só os tipos de comunicação conhecidos desde o século XIX, como também alinhada às inovações como IoT, os automóveis autônomos e as cidades inteligentes.

Michael Lawson

Autor:
Carlos Allende
Country Manager, México y Director de Ventas, Clúster Norte
Cirion Technologies

 

Tendências tecnológicas que irão desenhar o futuro

Tendências tecnológicas que irão desenhar o futuro

É rotina para os executivos repensar como estará a sua empresa nos próximos 5 ou 10 anos. 

Antigamente, a visão de futuro estabelecida para uma empresa durava anos, ou décadas. Hoje, entretanto, o fluxo intenso de informação acelerou o passo das transformações, o que foi impulsionado ainda mais pela pandemia e fez do futuro algo mais imprevisível. 

Aliás, já existem antropólogos e historiadores trabalhando a ideia de que o surto do novo coronavírus foi crucial para que o planeta entrasse de verdade no Século XXI. Principalmente, no que diz respeito à tecnologia e ao que chamamos de 4ª Revolução Industrial, com a digitalização, ainda que forçada, de muitas companhias.  

Com esse cenário em mente, pensar à frente e estar pronto para antecipar planos futuros tornou-se essencial. Assim, a empresa de consultoria Gartner realizou um estudo que apontou 12 tendências tecnológicas de 2022, que podem fazer a diferença no sucesso das organizações nos próximos anos. 

Ao analisar todas as 12 tendências tecnológicas apontadas pela Gartner, com foco no que mais procuram os nossos clientes e na minha área de atuação, destaco sete delas e as explico com mais detalhes. 

As 7 tendências tecnológicas que considero mais relevantes: 

Plataformas nativas da nuvem: A pandemia obrigou muitas corporações a digitalizarem suas operações. Assim, inúmeros processos foram adaptados para funcionar na nuvem. 

A tendência é que se use cada vez mais plataformas nativas desse ambiente, com soluções pensadas para a construção de novas arquiteturas de aplicativos mais ágeis, prontos para antecipar mudanças. 

Engenharia de IA: Inteligências artificiais saíram do campo da ficção científica há muito tempo. Talvez, ainda não estejam tão completas como o vemos na nave Enterprise, de Jornada nas Estrelas, mas estão chegando lá. 

Hoje, já é possível programar bots para automatizar diversos processos, incluindo analisar quantidades absurdas de dados em tempo recorde para auxiliar os humanos em suas tomadas de decisões. 

Empresas distribuídas: O conceito, que reflete os preceitos da 4ª Revolução Industrial, é ideal para modelos de trabalho que colocam o digital em primeiro plano, ou seja: digitalizam as experiências de funcionários, gestão, parceiros e clientes, para gerar e analisar dados que melhorem seus processos.      

As chamadas empresas distribuídas são as que melhor se adaptam a modais de trabalho totalmente virtuais ou híbridos, que também são tendência para os próximos anos. 

Malha de dados (data fabric): O termo é o cerne da 4ª Revolução Industrial. Ao adotar uma malha eficaz, as organizações podem multiplicar suas operações, uma vez que os dados estão acessíveis de todos os pontos estratégicos, sem importar o local no qual eles estão armazenados. 

Desenvolver a malha de dados também significa uma inteligência maior ao analisá-los para recomendar em quais situações eles podem ser utilizados ou devem ser alterados, algo que, segundo a Gartner, pode diminuir o esforço da gestão de dados em até 70%. E isso tudo nos leva para a próxima tendência. 

Malha de segurança cibernética: Consolidar uma malha de dados significa também reforçar a rede de segurança cibernética, utilizando soluções independentes de forma integrada para que possam, de forma rápida, verificar e validar (ou negar) tentativas de acesso aos dados em nuvem, principalmente, e fora dela também. 

Vale lembrar sempre que a segurança dos dados não é mais só uma questão de estratégia de negócios. Com a LGPD em vigor, o zelo por essas informações significa evitar problemas pelos quais a empresa pode ter que responder criminalmente.  E isso também chama a atenção para a tendência a seguir. 

Computação que aprimora a privacidade: Com a LGPD em vigor e amplamente divulgada pelos meios de comunicação, as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a importância da confidencialidade dos dados. 

Hoje, a razão pela qual as empresas armazenam e utilizam dados é amplamente discutida pela sociedade como um todo. Com isso, é preciso oferecer uma estrutura na qual os usuários se sintam seguros e tenham a confiança necessária para compartilhar informações. 

Aplicativos combináveis: A tendência, muito conhecida na indústria automotiva, na qual um mesmo chassi pode servir de base para fabricar vários modelos, também vale aqui. 

Aplicativos combináveis (composable apps) são os que empregam códigos “modulares”, que podem ser usados e reutilizados para compor diversas soluções, desenvolvidas com base no negócio da empresa. Esse tipo de estrutura ainda diminui o tempo que as aplicações levam para chegar ao mercado, adiantando o retorno do investimento. 

As tendências tecnológicas citadas acima deverão ganhar força no futuro próximo, principalmente daqui até 5 anos. 

Mas, para quem está sempre de olho no melhor para o seu negócio, o futuro é hoje. Então, não espere a necessidade bater para investir na estrutura que você já sabe que a sua empresa vai precisar. 

Marcos Malfatti

Autor:
Marcos Malfatti
Presidente
Cirion, Brasil 

Com mais de 30 anos de experiência no setor de TI e Telecom, em companhias como IBM, Banestado e Copel, Malfatti ocupou posições gerenciais na Impsat, Global Crossing, CenturyLink e Level 3, que formam hoje a Cirion.
Marcos Malfatti tem formação em Ciência da Computação pela PUC-PR, MBA em Administração e Marketing pela Faculdade Católica de Administração e um MBA do Instituto Superior de Empresas.