A tendência de streaming invade o mundial 2022 no Catar

A tendência de streaming invade o mundial 2022 no Catar

A Copa do Mundo FIFA 2022 no Catar não só reunirá os melhores times e jogadores do mundo para o maior torneio de futebol do ano, de 20 de novembro a 18 de dezembro, como também será o torneio de números recordes.

Segundo dados fornecidos pela FIFA, 2,45 milhões de ingressos foram vendidos para as partidas.  Além disto, o organismo global estima que o evento trará mais de US$ 7 bilhões em receita, embora o governo do Catar tenha expectativas de que cheguem a US$ 18 bilhões.

Ao mesmo tempo, no que diz respeito à televisão, a entidade regente do futebol mundial afirma que mais da metade da população da Terra acompanhará o torneio pela televisão. Isso quer dizer que cerca de 5 bilhões de pessoas assistirão ao torneio em suas telas. Estima-se, portanto, que o mundial do Catar em 2022 terá um alcance 42% maior que o da Rússia em 2018, que registrou 3,5 bilhões de telespectadores, devido à tecnologia de streaming.

Este tipo de tecnologia fornece um fluxo constante de dados, desde a origem de geração de conteúdo até o usuário final, sendo que três etapas são chave para garantir esse fluxo constante de dados e sua qualidade: a aquisição, a distribuição e a transmissão. 

A Cirion, por exemplo, atua ao longo desse processo através de sua rede de distribuição de conteúdo (CDN), alavancada por nodos de infraestrutura de conectividade com cobertura em mais de 60 países e 600 cidades no mundo, aproximando o conteúdo dos usuários finais e garantindo que aqueles que utilizam diversos provedores de Internet possam contar com uma rota ideal e próxima do conteúdo que nossa empresa distribui.

Outras técnicas adicionais são usadas nesta etapa e na transmissão, para garantir que o conteúdo que chega ao usuário final seja compatível com o formato do dispositivo e a largura de banda que a pessoa possui.

Sem dúvida, o desenvolvimento de streaming marcou um antes e depois na transmissão de eventos esportivos ao vivo, já que ampliou significativamente a cobertura e permitiu, em muitos casos, a mobilidade do usuário final.

Por outro lado, a acessibilidade, a conectividade e a segurança na transmissão de eventos esportivos são outros avanços que se destacam entre os usuários de streaming atualmente.

Em detalhes:

  • A acessibilidade tem a ver, principalmente, com os custos de conexão em função do plano de Internet contratado, os direitos de transmissão do evento e os dispositivos que são utilizados para receber o conteúdo em formato padrão – por exemplo, HD ou ultra HD.
  • A conectividade teve avanços significativos em todo o mundo, tanto em penetração como em cobertura e custos. Isto permite ter plataformas de streaming muito mais robustas e adaptáveis às condições do cliente final.
  • A segurança exige a aplicação da encriptação e autenticação do usuário como aspectos fundamentais para qualquer plataforma de streaming. É por isto que existem técnicas de distribuição e transmissão que permitem a geolocalização do usuário final com base em seu IP e de acordo com parâmetros definidos por zonas e pelos donos dos direitos do evento.

O mundo esportivo é, sem dúvida, um dos ambientes de maior potencial de desenvolvimento graças às novas tecnologias, que se transformaram em um importante capacitador para atingir públicos cada vez maiores.

O mundial 2022 no Catar será, sem dúvida, o cenário ideal para comprovar no campo de jogos o verdadeiro impacto do streaming e de outras inovações em benefício dos fanáticos por futebol em todo o mundo e dos organizadores do campeonato. Poderia ser também a decolagem definitiva para a massificação total das plataformas para grandes eventos esportivos, incluindo o Super Bowl e os Jogos Olímpicos, entre outros eventos.

Michael Lawson

Autor:
Juan Manuel González
Diretor de Produtos de Dados & Internet
Cirion Technologies, Colômbia 

Juan Manuel é diretor de produtos de dados e internet na Cirion Technologies Colômbia desde 2008, responsável por definir as estratégias do negócio orientadas a garantir as metas de vendas, assim como o uso eficiente dos recursos que permitam atingir o EBITDA esperado pelo negócio. Engenheiro de sistemas com especialização em Administração de Empresas na Universidade ICESI, Juan Manuel é um profissional com mais de 25 anos de experiência no setor de TI e telecomunicações. 

Metaverso: o que você precisa saber antes de se aventurar pela novidade do momento

Metaverso: o que você precisa saber antes de se aventurar pela novidade do momento

Nos últimos seis meses, um tema tem marcado presença nas discussões sobre tecnologia, seja nos noticiários, fóruns ou mesmo em eventos: metaverso. Mas, da mesma forma que o assunto gera fascínio onde aparece, também traz consigo muitas dúvidas sobre o que é, de fato, como funciona e quem já está presente nele.

O que é metaverso, afinal?

Podemos resumir o metaverso em um coletivo de universos virtuais, que emprega as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para oferecer uma experiência que promete romper as fronteiras físicas entre as pessoas. Assim como nos jogos multiplayer online, a ideia é que pessoas do mundo todo se reúnam em um mesmo ambiente e interajam por meio de avatares.

Aliás, por falar em interação, as experiências podem ser menos ou mais imersivas, de acordo com a preferência do usuário. Para entrar de cabeça no metaverso, são necessários óculos e manoplas de realidade virtual, que ajudam o avatar a ver o ambiente em 3D, como se estivesse lá dentro, e a interagir com o que estiver vendo. Já para quem prefere somente as telas, as interações prometem ser mais semelhantes a um game de console ou PC.

Com isso, a plataforma mostra um potencial praticamente ilimitado. As ferramentas de realidade virtual, por exemplo, podem ser úteis para a medicina, na realização de cirurgias a distância; a engenharia, com equipes técnicas realizando reparos remotos em estruturas grandes demais para serem transportadas por longas distâncias, como navios e aviões; ou mesmo para setores comerciais, oferecendo uma experiência diferente de interação entre produtos e consumidores.

Quem está no metaverso?

O potencial do metaverso, principalmente no viés comercial, tem chamado a atenção das marcas. Para se ter ideia, Nike, Converse e até players do segmento de luxo, como Hermès, Prada e Gucci, já enviaram solicitações para escritórios de patentes dos Estados Unidos pensando no metaverso, indicando que pretendem realizar incursões por lá em breve.

E não é para menos. De acordo com relatório do Citibank, estima-se que a economia na rede, feita por meio de criptomoedas, pode alcançar um valor de mercado entre US$ 8 trilhões e US$ 13 trilhões (R$ 37 trilhões e R$ 61 trilhões) até 2030.

Quem também deve se beneficiar do metaverso são os proprietários dos chamados tokens não fungíveis (NFTs). Antes, certificados digitais que pareciam presos, tendo o mercado de obras de arte como principal circulação, tendem a assumir um novo papel: o do espaço digital, um “terreno” que pode se valorizar, tal qual um lote físico em área de interesse imobiliário.

Para quem ainda não está familiarizado com o termo, “não fungível” significa que seu valor é único e não pode ser equiparado, como é o caso de uma nota de R$ 100 e duas notas de R$ 50, por exemplo.

O que já é certo sobre o metaverso? 

Até o momento, o que se sabe sobre a rede de universos virtuais é que ela existe. Mesmo com um amplo potencial, ainda não há como prever se será essencial para o futuro, seja ele próximo ou distante, ou se será mais um conceito absorvido por outras tecnologias de apelo mais prático. Afinal, é preciso que os recursos presentes no metaverso se tornem essenciais para o nosso dia a dia para que ele, de fato, se torne uma realidade.

Independentemente de sua consolidação, como estamos falando de um coletivo de universos que existe na internet, é preciso haver conectividade com altos níveis de largura de banda e o mínimo de latência possível. Requisitos necessários para processar uma enorme quantidade de dados em tempo real, o que garante uma experiência de qualidade para quem estiver participando. Principalmente quando pensamos nas mais imersivas, que exigem periféricos de interação 3D, como os óculos.

Como toda tecnologia em suas primeiras etapas, o metaverso sofre com idas e vindas, notícias promissoras e fatos alarmantes. Sabemos tanto sobre o potencial dessa tecnologia hoje quanto sabíamos, nos anos 90, sobre como a telefonia celular evoluiria. Recentemente, consultorias, como o Gartner, iniciaram estudos e indicações para os gestores interessados em se aprofundar no assunto.

Por isso, o primeiro ponto que você deve resolver para participar do metaverso é investir em infraestrutura, de preferência com um provedor de serviços que disponibilize soluções de nuvens híbridas (públicas e privadas combinadas).

Esse passo garantirá a performance e segurança para processar e proteger seus dados e os de terceiros durante suas interações no coletivo de universos virtuais.

Então, agora que você já sabe o básico sobre o metaverso e quem está nele, que tal se preparar e descobrir o que esse universo de mundos virtuais pode fazer pelo seu negócio?

Michael Lawson

Autor:
Yuri Menck
Marketing Manager
Cirion, Brasil 

É formado em Engenharia Industrial Elétrica (UTFPR), com Pós em Gestão de TI (Unicenp) e MBA em Gestão Executiva (Insper/SP). Sempre atuou no mercado de tecnologia da informação e telecomunicações. Na empresa desde 2000, ocupou posições em áreas técnicas e de produtos e, desde 2008, lidera a equipe de Marketing Estratégico e Comunicações no Brasil.

Origem da internet: saiba como tudo começou

Origem da internet: saiba como tudo começou

A forma como vivemos hoje depende da internet. Pense em como é ficar sem conexão para trabalhar. Imagine estar na rua e não conseguir sinal para fazer uma pesquisa simples. Ela tanto já faz parte das nossas vidas que mal percebemos a sua existência. No entanto, você já parou para refletir ou ler um pouco sobre a origem da internet?

Pois é, esse é o assunto deste texto. Nele, vamos promover uma reflexão sobre a evolução da internet ao longo dos anos, mas também sobre as revoluções e transformações que ela proporcionou ou potencializou.

O começo de tudo

A internet surgiu em 1969, mas não da forma como conhecemos hoje. Seu objetivo era completamente diferente: a ideia era proteger a comunicação dos Estados Unidos nas guerras. Vale lembrar ainda que esse período foi marcado pela Guerra Fria, um conflito político e ideológico entre o país da América do Norte e a antiga União Soviética (parte do que deu origem à Rússia de hoje).

A novidade descentralizaria as informações do Pentágono para evitar que possíveis ataques causassem perda de documentos importantes. Foi aí que foi criada a Arpanet, rede de conexão da DARPA, Agência de Projetos de Pesquisa Avançada dos Estados Unidos. E esse é considerado o início da internet. Nessa época, as comunicações eram divididas em pequenos pacotes com trechos dos dados, os endereços dos destinatários e informações que permitissem a remontagem da mensagem original.

A Arpanet ganhou destaque no mundo acadêmico e no científico e, por isso, o protocolo para se comunicar com outras máquinas ou redes começou a ficar insuficiente. Então, foi desenvolvido o protocolo TCP/IP, em 1974, que respondia a um ambiente de rede de arquitetura aberta. Foi nessa época também que o nome “internet” começou a ser utilizado. Em 1985, já era a principal rede de comunicação com alcance global e, em 1987, a internet teve seu uso comercial liberado nos Estados Unidos. Vale contextualizar também que a popularização dos PCs havia começado anos antes, em 1981, pela IBM.

Com esse rápido desenvolvimento, serviços de correio eletrônico e provedores de internet com o método antigo de dial-up (que utilizava a linha do telefone fixo) começaram a surgir. Nessa grande linha do tempo, também temos que destacar o trabalho de Tim Berners-Lee, que, em 1989, criou a linguagem HTML, e cuja equipe criou o primeiro cliente web “WorldWideWeb” (www), usado até hoje.

Para muitos, esse fato também é um dos marcos mais importantes da história da internet, pois permitiu que várias pessoas trabalhassem juntas acessando os mesmos documentos. E isso possibilitou colocar informações ao alcance de qualquer usuário da internet.

Foi nessa época que começaram a surgir os grandes portais, como AOL (América Online) e Yahoo. Também se popularizaram as salas de bate-papo, mensageiros instantâneos, como o ICQ (alguém aqui se lembra?), e serviços gratuitos de e-mail, como o Hotmail, assim como os serviços de busca, como o Google.

Outros fatos marcantes:
Yahoo – 1994
Internet Explorer – 1995
Hotmail – 1996
Google – 1998

A chegada da internet no Brasil

Assim como nos Estados Unidos e em muitos países europeus, no Brasil, a internet ganhou notoriedade conectando universidades. Por aqui, ela chegou em setembro de 1988. O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiu acesso à Bitnet utilizando uma conexão de 9.600 bits por segundo estabelecida com a Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. No mesmo ano, alguns meses depois, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) também se ligou à Bitnet, por meio de uma conexão com o Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), em Chicago.

Outro ponto importante da história da internet no Brasil foi a criação do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), com o objetivo de disseminar informações para a sociedade, além de democratizar o acesso às redes de computadores do país. Foi ele o responsável por abrir, em 1988, a Alternex, primeira rede privada e independente das universidades para acessar a internet, principalmente para troca de e-mails. Ou seja, pode ser considerado o primeiro provedor do Brasil.

A liberação comercial da internet só veio no fim de 1994, quando podemos afirmar que uma nova revolução teve início. Surgiram os primeiros sites de notícias, bancos, empresas. Em 1998, eram 2,1 milhões de usuários de internet.

Outros fatos marcantes:
UOL – 1996
IG – 2000

Quem não viveu nessa época não tem ideia de como era acessar a internet em casa. Era tirar o cabo do telefone fixo, plugar no computador e se conectar por meio do seu provedor discado. Não era um processo muito simples e ágil e, claro, a ligação podia cair, ter interferências, lentidão…Fora que receber ou fazer uma ligação no telefone fixo não era possível enquanto estava-se na internet. Além disso, para gastar menos dinheiro, muitas famílias só liberavam o acesso no período da noite e madrugada.

Redes sociais

A internet deu um novo salto evolutivo com o surgimento das redes sociais. Mas engana-se quem pensa que a primeira rede social bem-sucedida foi o Orkut. Lançada em 1997 e findada em 1999, a SixDegrees é considerada a primeira rede a conectar perfis de usuários e organizar grupos. Na sequência, vieram o Orkut, nascido em janeiro de 2004, e o Facebook, lançado em fevereiro do mesmo ano.

Antes de seguirmos, vale voltar mais alguns anos para relembrarmos o lançamento do primeiro smartphone, chamado Simon, no ano 1994. Ele tinha outras funções, além do telefone, como agenda, e-mail, horário mundial. O primeiro iPhone foi lançado em 2007. Na sequência, em 2009, surgiu o WhatsApp, outros importantes marcos nessa história.

É inegável que as redes sociais causaram, e ainda causam, muitos impactos em nossas vidas. Muito mais que criar conexões entre pessoas, os conteúdos publicados nesses locais influenciam a moda, comportamento, valores e até mesmo a política de uma nação. Com a internet, uma série de novas profissões surgiram, a forma de se trabalhar e viver mudou e setores da economia foram transformados. A pandemia de Covid-19 mostrou a importância que a internet tem em nossa sociedade e, mais que isso, permitiu a reflexão do quanto ainda pode mudar o mundo à nossa volta.

Além disso, também vale ressaltar a importância de novas legislações para proteger o direito e a privacidade de pessoas, empresas e governos. Sem dúvida, é uma área do Direito que está avançando muito ainda por um universo relativamente novo e que ainda possui brechas. Aqui no Brasil, algumas das leis mais importantes são o Marco Civil da Internet, de 2014, e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, de 2018.

A internet móvel continua a evoluir no sentido de ser mais estável e veloz, com a evolução das conexões mobile, chegando ao 5G. Já estão prevendo para 2030 a chegado do 6G – ainda no campo da teoria. Se, no passado, com a primeira geração (1G), era possível apenas falar com uma outra pessoa, com o 5G, a conexão acontece com coisas. Estamos falando de fábricas, casas inteligentes, carros autônomos… e tudo o mais o que a inovação permitir. É o que chamamos de transformação digital, a qual muitos de nossos clientes já estão experimentando.

E, para finalizar, cabe um número: no mundo, há cerca de 5 bilhões de usuários conectados à internet. Só no Brasil, são 152 milhões, mas também cabe lembrar que 3 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à rede mundial. Portanto, vale a reflexão de como a nossa sociedade transformou-se rápido, mas ainda manteve enormes desigualdades. Com certeza, a tecnologia pode e deve ser usada para conseguirmos melhores condições de vida para todos.

Michael Lawson

Autor:
Francisco Anes
Senior Sales Director
Cirion, Brasil

 Francisco Anes é Diretor Comercial Sênior da Cirion Technologies no Brasil. Dedica-se à missão de desenvolver e liderar pessoas e compor equipes de alta performance, alicerçadas em valores universais, focadas em garantir as melhores soluções tecnológicas para o sucesso do cliente. Nos últimos 25 anos teve a oportunidade de trabalhar lado a lado com grandes empresas brasileiras e internacionais em importantes projetos de Telecom e TI e se orgulha de ter participado da construção deste mundo tecnológico e conectado em que vivemos. Bacharel em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Nacional de Telecomunicações, Pós-Graduado em Marketing e Administração de Empresas pela FGV e certificado em Foresight – Futures Studies pela W-Futurismo.

Os pontos de encontro entre a sustentabilidade e a transformação digital

Os pontos de encontro entre a sustentabilidade e a transformação digital

A sustentabilidade não é um tema da moda ou algo que as empresas devam realizar individualmente. Nos últimos tempos, o cuidado a longo prazo com o meio-ambiente e a sociedade consolidou-se como uma das principais prioridades dos executivos do mundo todo. Não se trata apenas de altruísmo, mas também em manter-se rentável e competitivo em um mundo onde 35% das pessoas garantem estar mais dispostas a se associar a empresas responsáveis, de acordo com os dados do #CCSIndex (Índice de Gastos do Consumidor Consciente).  

A aceleração da transformação digital e o crescimento exponencial da necessidade de gerar, capturar, transmitir e armazenar e processar dados, colocam os data centers no palco da conversa. Uma previsão da consultoria IDC do final de 2021 estimou que nos três anos anteriores o consumo energético dos centros de dados multi-inquilino havia aumentado 31%, enquanto o aumento entre as empresas de hiperescala havia sido de 117%. 

Nossa indústria é protagonista da mudança.  Segundo o portal de estatística Statista, os investimentos em data centers “verdes” quase triplicará em apenas seis anos. Na verdade, os US$ 49.2 bilhões de 2020 se transformarão em mais de US$ 140 bilhões até 2026. 

Um propósito que se multiplica

Muitas medidas estão sendo tomadas para reduzir a pegada de carbono, como por exemplo, a maioria das empresas já conta com objetivos muito claros, orientados a zero emissões, com o horizonte mais longe situado em 2030, mas isto é apenas o início.  

O propósito se multiplica e se torna mais desafiador. Já não se trata apenas de deixar de prejudicar o planeta, como propunham as políticas de responsabilidade social empresarial até poucos anos atrás, e sim de gerar um benefício para o meio-ambiente. 

Embora algumas macro tendências se destaquem, como o uso crescente de energias renováveis, a implementação de painéis solares para alimentar diretamente os nós da rede, ou o uso de componentes tecnológicos cada vez mais eficientes em termos de consumo de energia, a realidade é que as práticas sustentáveis devem estar no DNA das organizações e permear cada projeto e iniciativa que surge. A otimização dos processos, a eliminação de ineficiências, a capacidade de detectar redundâncias, todas essas ações causam um impacto positivo. 

A era da cooperação

Outro grande desafio que a sustentabilidade impõe é o da cooperação e colaboração. As organizações não precisam preocupar-se apenas com suas ações individuais, mas também com o que ocorre ao longo de toda a sua cadeia de valor.  Trata-se de um tema onde as sinergias são fundamentais e onde o todo é definitivamente mais importante que a soma das partes. 

As métricas desempenham um papel essencial. De nada servem os discursos e as intenções se não forem respaldados por dados confiáveis e transparentes que permitam entender até onde se vai e o quanto a empresa está próxima de cumprir com seus objetivos sustentáveis.  Os provedores de serviços gerenciados de data center e conectividade que conseguem mostrar seus cálculos e suas previsões de pegada de carbono estão ajudando seus clientes atuais e potenciais a avançar com suas próprias estratégias de redução, para a qual a nuvem já desempenhava um papel chave, pois diminui o consumo interno nas organizações. 

Frequentemente se escuta a frase “o futuro é digital”.  No entanto, é a sustentabilidade que, de fato, nos garante a qualidade de vida e o bem-estar nesse futuro.

Michael Lawson

Autor:
Gabriel del Campo
Vice-Presidente de Data Center, Cloud & Segurança
Cirion Technologies

Por que o Edge Computing representa o futuro da conectividade?

Por que o Edge Computing representa o futuro da conectividade?

Com a expansão do uso de inteligência artificial e demais tecnologias que demandam um alto volume de processamento de dados, somente uma arquitetura de Edge Computing é capaz de melhorar o tempo de resposta e economizar largura de banda. 

Isso porque as aplicações de última geração exigem velocidade, baixa latência e segurança. Detalhes que representam um grande desafio para as equipes de TI em todo o mundo. Afinal, esses atributos influenciam diretamente a gestão, a experiência do usuário e os custos. 

Não adianta ter a equipe mais preparada, dinheiro para investir, clientes etc., se a estrutura não dá o suporte necessário para destravar e aproveitar todo o potencial de crescimento. A barreira que se impõe é que as arquiteturas tradicionais apresentam problemas de latência, cobertura e custo. E quem diz isso são mais de 1.700 tomadores de decisão de TI e executivos de nível C em todo o mundo, conforme o Relatório de tendências: O indispensável na computação de borda, produzido em abril de 2021. 

Para 83% dos entrevistados, a latência da rede é o maior determinante do desempenho das aplicações. Por outro lado, a maioria está preocupada com o fato de que a alta latência esteja afetando a qualidade dessas aplicações. Outro dado importante revelado pela pesquisa é que 86% dos tomadores de decisão de TI concordam que aplicativos de baixa latência ajudam a diferenciar suas organizações dos concorrentes. 

Os grandes benefícios do Edge Computing 

A chegada do 5G deve potencializar a transformação digital dos negócios, exigindo cada vez mais poder de computação e velocidade. A proposta da arquitetura Edge Computing evita que os dados percorram grandes distâncias para serem processados e retornem ao local que necessita dele. Isso faz com que a latência da infraestrutura seja minimizada. E reduzir a diferença de 10 milissegundos para 5 milissegundos faz muita diferença, apesar de não parecer em uma primeira análise. 

E para se ter uma ideia do quanto isso faz diferença em termos de negócios, uma gigante do e-commerce mundial percebeu que um atraso de 100 milissegundos já era suficiente para reduzir suas vendas em 1%. 

Essa solução também parece ser a preferida pelos executivos que responderam à pesquisa. Três em cada quatro esperam que a computação de borda possa ter um impacto positivo na expansão do acesso à tecnologia e no estímulo à inovação. A maioria acredita que ela possibilitará a criação de empregos e estimulará o empreendedorismo. Ou seja, há um alto potencial de causar impactos positivos nos negócios e na sociedade. 

Computação de borda gera mais segurança 

Além da latência, desempenho e confiabilidade dos serviços de rede são grandes preocupações que desafiam diariamente os gestores de TI. Porém, é a segurança dos dados o fator que exige mais trabalho e cuidados. 

Afinal, além de prejuízos financeiros, um vazamento pode gerar uma crise na confiança do cliente, como aconteceu há quase dez anos com uma empresa de softwares gráficos, quando hackers tiveram acesso a 153 milhões de registros de usuários. 

Como temos visto em crescentes casos de ataques cibernéticos ao redor do mundo, abordagens tradicionais de segurança baseadas em perímetro não são mais suficientes para proteger negócios, colaboradores e clientes. 

E é aí que entra novamente o Edge Computing. Ele é capaz de prover segurança, velocidade e capacidade – elementos fundamentais para proporcionar mais privacidade e proteção aos dados. 

Para oferecer experiências incríveis e diferenciadas para o seu negócio e clientes, as aplicações de última geração precisam de uma computação de borda distribuída e segura, que opere na proximidade de onde as coisas e as pessoas estão, produzem e consomem as informações. 

Arquitetura Edge vai ganhar cada vez mais espaço 

O que me deu vontade de falar mais sobre Edge Computing é que, para muita gente, trata-se de um termo ainda pouco compreendido. Percebo isso graças aos meus contatos diários com clientes e possíveis clientes. Então, ainda há muito espaço para construção em conjunto e compreensão de todos os valores e potenciais que essa arquitetura tem a oferecer. 

Por fim, mas não menos importante, gestores de TI já constataram que as soluções de Edge fornecem o melhor equilíbrio entre custo e desempenho, tanto em soluções locais como em nuvens públicas principais. É por isso que a nossa empresa acredita que Edge Computing terá um crescimento significativo nos próximos anos.  

Michael Lawson

Autor:
Tatiana Fonseca
Vice-presidente de Operações da Cirion

Atua há 23 anos como Executiva e Consultora de Tecnologia de grandes empresas do setor de telecomunicações, sempre obtendo resultados significativos em ambientes de grandes investimentos e cronogramas desafiadores. Já liderou projetos de transformação digital, restruturações organizacionais em processos de fusão, desenvolvimento e implantação de novos modelos de negócio, sistemas e processos críticos, garantindo a entrega de desafios complexos, envolvendo áreas de Operações, Engenharia, TI, Customer Relations, Marketing e Comercial.

A Experiência do Cliente: Um pilar da cultura organizacional

A Experiência do Cliente: Um pilar da cultura organizacional

Neste 4 de outubro celebra-se o CX Day 2022, o Dia Internacional da Experiência do Cliente. Esta data é importante pois nos convida a lembrar, e aceitar, que a experiência dos clientes deve se tornar um pilar fundamental na cultura de nossas organizações.

Mas, como isto pode ser alcançado?  Como podemos passar de uma simples declaração para uma prática real que impacte toda a organização?

É essencial entender que todos os colaboradores da organização, independentemente da hierarquia de suas responsabilidades, devem ser capazes de colocar a satisfação do cliente no centro de seu trabalho. 

Em princípio, isto implica processos conscientes, protocolados e mensuráveis, mas que, com consistência, devem aspirar a tornar-se práticas que façam parte inerente da cultura organizacional, naturais e quase instintivas.  É neste ponto que se começa realmente a viver, respirar e sentir a experiência do cliente em cada etapa e momento da organização.

Entretanto, quando colocamos a experiência do cliente no centro de nossa cultura organizacional, estamos ao mesmo tempo contribuindo com a construção de valor de nosso negócio e, particularmente, com o sucesso de nossas operações.

No caso da Cirion, 80% da receita obtida em 2021 foi proveniente de clientes que estão conosco há mais de 5 anos, e 74% de nossos clientes adquiriram duas ou mais de nossas soluções no mesmo ano.

Os números são indiscutíveis: um cliente satisfeito deve ser uma das principais aspirações de uma organização.

Quando focamos a energia da organização, e especialmente a de seus colaboradores, que são quem em última instância constroem a cultura, o cliente pode usufruir de uma experiência totalmente enriquecida e com um valor agregado que aumente ao longo do tempo.

Finalmente, embora este CX Day represente um marco para refletir sobre nosso desempenho em termos de experiência do cliente, a aspiração que devemos ter como organização é que cada ponto de contato, todos os dias e a qualquer momento, seja uma oportunidade para nos testarmos, nos medirmos e darmos o melhor de nós.  

Definitivamente, temos em jogo o propósito de nossas empresas, focadas em fortalecer a lealdade e a fidelidade dos clientes.  No entanto, os dois conceitos não são iguais.

Um cliente fiel é um cliente interessado nos produtos ou serviços da empresa, que consegue garantir que este continue solicitando nossa gama de produtos e/ou serviços graças aos programas de fidelidade que lhe concedem ofertas e/ou serviços.

Por outro lado, os clientes leais são aqueles que internalizam não só os produtos ou serviços da empresa, como também os valores que declaramos.  Neste caso, são clientes que seriam igualmente constantes em sua relação com a empresa, ainda que não houvesse programas ou vantagens especiais de fidelização. Em outras palavras, são clientes que estabeleceram uma relação de longo prazo com a organização, devido a uma identificação com os valores que ela declara como verdadeiros padrões.

Michael Lawson

Autor:
Emilio Madero
EVP, Marketing
Cirion Technologies