As mulheres representam apenas 20% dos profissionais de tecnologia no Brasil. Uma série de fatores estruturais e culturais contribuem para essa desigualdade, que vão desde as dificuldades na educação até a falsos mitos de que carreiras em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, no acrônimo em inglês) não são para mulheres. Um tremendo equívoco. Talvez, a evolução do mundo até a Era Digital fosse outra, se não fosse o trabalho de mentes femininas que desenvolveram coisas incríveis.
Inovação e tecnologia: uma história de mulheres brilhantes
As mulheres foram pioneiras em invenções fundamentais para a Revolução Digital que vivemos hoje. É importante valorizarmos essa história para promover o espaço feminino na área, revertendo as disparidades.
- A computação científica teve início no século 18, com a matemática Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história. Ada criou o primeiro algoritmo feito para ser processado por uma máquina capaz de calcular os valores de funções matemáticas por meio desses códigos.
- Durante a Segunda Guerra Mundial, Jean Jennings Bartik e mais cinco matemáticas escreveram as instruções para o primeiro computador digital totalmente eletrônico: o ENIAC (Computador e Integrador Numérico Eletrônico). Com a missão de computar trajetórias balísticas, elas desenvolveram programas para automatizar os cálculos das estratégias militares. Um trabalho que foi fundamental para a construção da moderna indústria de softwares.
- Nossas soluções de data center não seriam possíveis hoje sem a Flow-Matic, a primeira linguagem de programação que se assemelhava à língua inglesa, desenvolvida por Grace Hopper, durante as décadas de 1940 e 1950. A partir dessa inovação foi criada a base para o COBOL (Linguagem Comum Orientada para os Negócios), que é usada em processamentos de bancos de dados.
- E se atualmente você pode ler este artigo do seu celular ou outro dispositivo sem fios conectados, é porque nos anos 1940, a atriz e inventora Hedy Lamarr, ao lado do compositor George Antheil, criou o primeiro sistema de comunicação wireless. Esse transmissor, chamado em inglês de “frequency hopping”, serviu de base para tecnologias atuais, como Wi-Fi e Bluetooth.
- Karen Sparck Jones foi a pioneira da ciência da computação combinando estatística e linguística, ensinando os computadores a entenderem a linguagem humana. Ela foi responsável pela criação do conceito da frequência inversa de documentos, uma tecnologia que sustenta os mecanismos de buscas que utilizamos até hoje.
A Plataforma de Coisas – e Mulheres – Incríveis
Karen Sparck também teve grande contribuição para mais mulheres na área de tecnologia: “A computação é importante demais para ser deixada para os homens”, ela defendia. É por isso que, por trás das coisas incríveis que fazemos hoje, também estão diversas mulheres incríveis.
Aqui na Lumen, elas continuam escrevendo essa história. “Se procurar ser um ‘role model’ na empresa e na área de tecnologia para mulheres é fazer algo incrível, então seguramente posso dizer que faço isso todos os dias. Servir como inspiração para outras mulheres é importante para mim para eliminarmos o viés inconsciente que todos temos”, afirma Jaqueline Cunha, Diretora de Vendas da Lumen Brasil.
Ainda temos um longo caminho para o equilíbrio entre homens e mulheres no mercado de tecnologia, mas vivemos um momento único para fazer esta mudança. Neste último ano, apesar de todos os desafios gerados pela pandemia, assistimos a evolução digital avançar uma década em apenas alguns meses. Mudamos a maneira como trabalhamos, como vivemos. Portanto, podemos também começar a transformar o modelo estrutural das empresas para reduzir as lacunas que impedem o desenvolvimento verdadeiramente inclusivo e sustentável.
Neste cenário, nossos encontros virtuais seguem despertando o espírito de inclusão e pertencimento. Todas as ações são feitas com muito cuidado, como explica Cibele Giarrante, Diretora de Recursos Humanos da Lumen Brasil: “Procuro sempre me colocar no lugar do colaborador que está em casa antes de implementar um programa ou iniciativa nova. Converso com eles e ouço os feedbacks. Assim, consigo fazer coisas que são ‘incríveis’ para os nossos colaboradores.”
Nós, da Lumen, acreditamos que construir um mundo mais igualitário é possível. “Eu acredito que todas as pessoas podem fazer coisas incríveis, precisam ter visão, um pouco de empatia, atitude e vontade de fazer a diferença”, pontua Cibele. Este é o caminho que escolhemos para impulsionar a inovação em diversos negócios pelo mundo. Fazendo coisas incríveis, com pessoas incríveis, todos os dias.