Na atual era digital, a segurança da informação se tornou mais importante do que nunca. A crescente complexidade das ameaças cibernéticas exige uma evolução nas abordagens de segurança, deixando para trás as soluções legadas baseadas em hardware e adotando uma arquitetura mais ágil e eficiente: a plataforma SASE (Serviços de Segurança de Acesso Edge). A pergunta não se trata mais de realizar ou não esta transição, mas de quando e como conduzir essa mudança radical.
A segurança legada, baseada em hardware, tem sido um pilar ao longo de décadas. No entanto, no ápice do trabalho remoto, a expansão das redes e a diversificação das ameaças tornou claro que essas soluções possuem limitações significativas. A rigidez e a falta de adaptabilidade das infraestruturas legadas dificultam a proteção efetiva contra as ameaças cibernéticas em um ambiente dinâmico e em constante mudança no qual, diferentes fontes concordam, o número de ataques aumentou para três dígitos em 2023 em relação a 2022, seja no âmbito de dados pessoais ou de entidades governamentais[1]. E, caso restasse alguma dúvida, no relatório da IBM de 2023 sobre o custo de uma filtragem de dados, 95% das organizações pesquisadas que sofreram de menor importância.
A plataforma SASE, baseada na nuvem, surge como a resposta a esses desafios. Integrando funções de segurança e redes, SASE fornece uma arquitetura unificada que se adapta às necessidades dinâmicas da empresa moderna. A mobilidade e a flexibilidade inerentes à nuvem permitem que as organizações protejam sua infraestrutura sem sacrificar a agilidade operacional.
A transição para SASE não é apenas uma escolha estratégica, mas também uma necessidade imperativa. A natureza descentralizada do trabalho atual requer um foco de segurança que vá além das fronteiras tradicionais da rede. A plataforma SASE, com seu foco na segurança de borda e a entrega de serviços a partir da nuvem, se alinha perfeitamente com esta nova realidade de trabalho.
O componente chave desta transição é a mudança de mentalidade. Não se trata apenas de adotar novas tecnologias, e sim de adotar uma cultura de segurança que se ajuste à natureza dinâmica das ameaças cibernéticas. A plataforma SASE não só oferece uma eficiência operacional maior, como também fomenta a colaboração e a adaptabilidade em toda a organização.
Além disso, a segurança baseada na nuvem oferece a oportunidade de aprimorar a experiência do usuário. Ao eliminar a necessidade de roteamento através de dispositivos legados, SASE permite um acesso mais rápido e seguro aos recursos corporativos, a partir de qualquer lugar. Isto não só melhora a produtividade como também fortalece a postura de segurança, garantindo que os usuários possam acessar os recursos dos quais precisam de forma segura e quando precisarem deles.
No entanto, a transição à SASE não é isenta de desafios. A gestão da migração e integração da plataforma na estrutura existente são passos cruciais. A formação de pessoal e a colaboração entre equipes de TI e segurança será fundamental nesse processo de mudança.
O importante, neste ponto, é saber que a transição da segurança legada baseada em hardware para a plataforma SASE baseada na nuvem já não é uma questão de “sim ou não”, mas de “quando”. A necessidade de adaptar-se a um ambiente dinâmico e a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas fazem com que SASE seja a escolha lógica. A segurança do futuro não pode mais esperar; está na nuvem e a transição é inevitável.
[1] “Data Breach Investigations Report,” Verizon, 2023. Vs. “Data Breach Investigations Report,” Verizon, 2014-2022. https://www.apple.com/newsroom/pdfs/The-Continued-Threat-to-Personal-Data-Key-Factors-Behind-the-2023-Increase.pdf
Autor:
Alejandro Girardotti
Diretor Sênior de Produto, Inovação & Parcerias Estratégicas
Cirion Technologies