Vivemos na era do streaming e do entretenimento digital.  Segundo um relatório do Data Market Forecast, na América Latina os principais provedores de conteúdo de vídeo on-line faturarão cerca de US$ 851 milhões até 2024 – o dobro do valor arrecadado cinco anos atrás.  O portal especializado em dados de mercado, Statista, por sua vez, observa que o mercado de gaming da região pode ultrapassar a barreira dos US$ 3,6 bilhões até o fim deste ano.

Por trás de todo esse fenômeno, há um desafio fundamental para os data centers: como lidar com os altos requisitos de conectividade que advém do grande número de usuários tentando acessar esses recursos, que, por sua vez, exigem níveis muito altos de largura de banda e eficiência.

É exponencial o aumento do tráfego de dados ligado ao entretenimento digital.  Ao mesmo tempo, os usuários estão cada vez mais exigentes. Diferentemente da televisão aberta de alguns anos atrás, quando uma pessoa podia passar muito tempo movendo antenas ou batendo no aparelho para obter um bom sinal, o atual consumidor de entretenimento digital quer a mais alta qualidade de imagem (normalmente 4K) e transmissão em tempo real, sem delays ou pixelização. Do ponto de vista das empresas da indústria, há demanda por uma disponibilidade altíssima, praticamente absoluta – qualquer corte de sinal pode significar a perda de clientes.

Para responder a todos esses desafios, os data centers precisam ser mais resilientes do que nunca.  Flexíveis e escaláveis, para crescer de acordo com a demanda e incluir novas tecnologias que ajudem a alcançar esses objetivos.  Redundantes, para garantir um serviço ininterrupto, com conectividade de alta velocidade e alta largura de banda, que aguente um volume que provavelmente não parará de crescer, e com propostas de autoatendimento para que as empresas do setor de entretenimento digital possam acompanhar as mudanças nos negócios sem atrasos e sem depender de fornecedores.

As redes de distribuição de conteúdo

Particularmente, as Redes de Distribuição de Conteúdo (CDN, na sigla em inglês) se posicionam como uma solução perfeita: estrutura de borda e sistemas de armazenamento em cache para aproximar o processamento de dados do ponto onde o conteúdo é consumido, para diminuir significativamente a latência e garantir uma excelente experiência de usuário, inclusive em situações específicas, como pode ser o caso de um evento de transmissão ao vivo em grande escala (um recital, uma final esportiva relevante). 

Elas incorporam tecnologias como balanceamento de carga para alternar dinamicamente entre diferentes redes de acordo com a demanda ou com a localização da rede de melhor desempenho, roteamento otimizado ou segurança de ponta a ponta (o setor sofre com ataques cibernéticos que ameaçam a continuidade do serviço e com violações por pirataria do conteúdo que está sendo transmitido). 

Outro avanço importante são as redes definidas por software.  Estas simplificam a administração e a configuração da rede: todas as cargas de trabalho, de toda a gama de conectividades, podem ser visualizadas, coordenadas e controladas através de uma plataforma automatizada e centralizada, em tempo real, incluindo o roteamento, portais de tráfego, segurança e políticas de acesso. 

Enquanto tudo isso ocorre nas profundezas da rede, na superfície o milagre acontece: o usuário vê o que quer, no momento que quer, no dispositivo que quer e com a máxima qualidade.

Michael Lawson

Autor:
Gabriel del Campo
VP Data Center, Cloud & Security
Cirion Technologies

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