À medida que empresas em todo o mundo já planejam as novas dinâmicas de trabalho, com retorno total ou parcial dos colaboradores aos escritórios, o modelo híbrido e mais flexível vem sendo apontado como a principal tendência para a rotina profissional pós-pandemia. As vantagens e desafios deste novo cenário foram tema do TechTalks Lumen & Microsoft, realizado em maio, em que, ao lado do Gustavo Pignocchi, gerente de Marketing de Produtos da Microsoft, falamos sobre produtividade e as tendências do ambiente de trabalho moderno. 

A Microsoft realizou o estudo “The Next Great Disruption is Hybrid Work – Are We Ready?“, que indica algumas tendências neste universo. Ele deixa claro que o modelo híbrido não pode ser encarado da mesma forma que o trabalho tradicional. O jogo mudou em todos os aspectos. 

Flexibilidade na jornada de trabalho em alta

Entre os pontos levantados, mais de 70% dos trabalhadores querem que as opções flexíveis de trabalho remoto continuem, enquanto mais de 65% desejam mais tempo com suas equipes. Para se preparar, 66% dos líderes já almejam redesenhar os espaços físicos para acomodar melhor os ambientes de trabalho híbridos. 

A Accenture realizou outro estudo interessante, mais focado em produtividade no trabalho pós-pandêmico. Sua equipe ouviu quase 10 mil trabalhadores de 11 países e constatou que 83% deles acreditam que um modelo de trabalho híbrido é o ideal ─ onde os indivíduos têm a possibilidade de trabalhar remotamente entre 25% e 75% do tempo. Além disso, 40% dos profissionais sentem que podem ser produtivos e saudáveis ​​em qualquer lugar – seja em uma rotina profissional totalmente remota, no espaço físico das empresas ou uma combinação dos dois. 

Bem-estar e produtividade lado a lado

O trabalho remoto manteve as empresas operando, mas também trouxe um ônus para a vida dos colaboradores. Na pesquisa global da Microsoft, 54% dos entrevistados se sentem sobrecarregados. Um em cada cinco afirma que seu empregador não se preocupa com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Neste processo de home office, a tentativa de humanizar o dia a dia causou efeito reverso para as pessoas. 

No início do isolamento, vimos nossa agenda repleta de reuniões, uma seguida da outra – e isso incluía pausas para um café virtual com a equipe ou amigos durante a jornada. Ou seja, passamos mais de oito horas diárias em frente às telas, dividindo ainda a atenção com filhos, pets e tarefas domésticas. Nas redes sociais circulam inúmeras cenas divertidas de reuniões interrompidas por crianças, animais, parentes… E a verdade é que todo mundo já viveu situações semelhantes. 

Para se ter uma ideia do impacto digital na vida das pessoas, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, o tempo gasto em reuniões do Microsoft Teams mais do que dobrou (2,5 vezes) globalmente. Houve também um aumento expressivo de envio de e-mails e troca de mensagens via chat, durante e após o expediente. 

O fato é que essa enxurrada de comunicações não foi feita de forma estruturada nem planejada. A maioria das organizações, de uma hora para outra, foi obrigada a deslocar a rotina de trabalho para as residências. Mudou o espaço, mas não a cultura de trabalho – e isso deixou as pessoas mais cansadas e estressadas. Ninguém duvida das vantagens de se trabalhar em casa. No entanto, reorganizar a dinâmica profissional é primordial para que as equipes se mantenham produtivas. O que leva empresas a ter um bom desempenho – mesmo em tempos desafiadores como este? A colaboração. E isso requer duas coisas: a cultura certa e as tecnologias de comunicação digital ideais para apoiar essa cultura. 

O longe nos tornou próximos. E isso é ótimo!

O isolamento social e o trabalho remoto trouxeram um elemento novo às equipes de trabalho: a oportunidade de conhecer melhor os parceiros de jornada profissional. Saíram de cena as salas de reuniões, os escritórios decorados e entrou o latido do cachorro, a sala de casa, o jardim, enfim, as relações e o trabalho tornaram-se mais humanos. 

O desafio que a tendência do trabalho híbrido traz é proporcionar condições para que os indivíduos permaneçam produtivos de qualquer lugar- seja nas sedes ou em casa. É papel dos líderes investir em ferramentas e processos que ajudam a impulsionar a produtividade, protejam a saúde e proporcionam maior bem-estar aos colaboradores. 

Independentemente do caminho que sua organização siga – seja o modelo híbrido, home office ou de volta ao escritório – a Lumen possui uma arquitetura tecnológica capaz de oferecer experiências incríveis de colaboração. Porque um ponto é fundamental neste redesenho dos novos modelos de trabalho: as interações humanas devem estar em primeiro lugar. 

Jon Paul "JP" McLeary

Autor:
Henrique Dornas
Voice & UCC Manager,
Lumen Brasil

Henrique Dornas é Engenheiro formado pelo Inatel, com MBA em Business Management pela FGV. Atua há mais de 22 anos no mercado de TI e Telecom. Especializado em comunicação unificada, colaboração e soluções de voz para empresas.