O ano de 2020 gerou mudanças profundas na sociedade e na economia em escala mundial. E ainda estamos convivendo com isso e calculando a dimensão de seus efeitos para o hoje e para o futuro. Mas uma visão ficou muito clara para as empresas diante deste verdadeiro tsunami pandêmico: a 4ª Revolução Industrial é aqui e agora.

Momentos como este forçam o surgimento de inovações rápidas. Telemedicina, home office, educação online, e-commerce. Em 2020, a transformação digital colheu avanços que só seriam alcançados em três ou cinco anos, ou talvez até em uma década. Da noite para o dia, praticamente todos os setores tiveram que identificar novas maneiras de se comunicar com seus clientes e stakeholders.

Não foi um processo fácil para ninguém, sabemos disso. Um reflexo natural de qualquer ser humano é buscar proteção diante do perigo, da incerteza. Cortar custos, focar em fazer o que já sabe fazer bem e esperar a tempestade passar. Um comportamento que se refletiu no corporativo também. Foi o que mostrou a pesquisa da consultoria Rainmaker sobre o movimento das empresas europeias e norte-americanas em inovação no meio da pandemia. O levantamento ouviu mais de 300 CEOs de grandes corporações dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Escandinávia. Em meados de março, apenas 8% dos líderes empresariais ouvidos disseram que não estavam planejando investir nessa frente. Um mês depois, no entanto, o número pulou para 25%.

Mas pare um minuto e observe o entorno, seu bairro, sua rua. Quantos negócios que atendiam localmente migraram sua experiência para o delivery, por meio de apps, cardápios digitais, e-commerce, dark kitchens? De crises sem precedentes surgem oportunidades inimagináveis para quem navega pela incerteza para criar mudanças positivas e inovação. E isso, às vezes, nem é tão estratégico e consciente como se imagina.

Inovar é um imperativo
O dado sobre o recuo de investimento em inovação apontado pela pesquisa da Rainmaker, colocou os especialistas em alerta. Inovar é tão crucial para o futuro das economias que a consultoria reuniu a inteligência de outras empresas e do World Economic Forum para montar um guia com melhores práticas de como investir em inovações mesmo atravessando uma crise de grandes proporções.

Segundo o estudo, ao reduzirem seus investimentos nesta área, as empresas estão ignorando lições de crises passadas, como a recessão de 2008. Vale lembrar que, na época, a Samsung, por exemplo, ampliou seus gastos com publicidade, e Nokia e Motorola cortaram custos. Com isso, a Samsung emergiu como líder global de telefonia móvel, com 30% de participação de mercado, enquanto as vendas de celulares da Nokia e da Motorola despencaram. Paralisar a inovação no curto prazo pode custar o futuro das empresas no médio prazo, defende a Rainmaker. Ela é crítica para a sobrevivência e vantagem competitiva.

O futuro é logo ali
É importante ter em mente que crises são cíclicas. E a aposta é que todos os setores passarão por rápida transformação no pós-pandemia. Mas uma coisa é certa: aqueles com a estrutura e os processos corretos estarão em melhor posição para chegar mais longe. Isso significa aproveitar o momento para olhar para dentro, CEOs e equipes precisam pensar estrategicamente para investir recursos de forma mais inteligente e eficaz. Sair da zona de conforto, descobrir como explorar novos campos, atento ao que o seu cliente ou consumidor anseia.

Na Lumen, acompanhamos de perto essas mudanças. Cada vez mais, as empresas buscam soluções ágeis e robustas para gerenciar seus dados, aprimorando o desempenho de aplicativos e sistemas de tráfego intenso de informações.

Inovar necessita de conexões, de troca de dados, de ideias, por meio de redes seguras, para que os arquivos armazenados a milhares de quilômetros de distância sejam carregados como se estivessem armazenados localmente. Infraestrutura escalável para empresas terem capacidade de reagir rápido às crises.

Se o desafio dos CEOs é ter ousadia para investir em inovações capazes de transformar ameaças em oportunidades, a nossa é oferecer a plataforma mais rápida e mais segura para conquistar seus objetivos. A história nos mostra que o compromisso com o desenvolvimento humano aliado à evolução e integração de tecnologias podem levar a inovações revolucionárias. Seguimos implacáveis nesta busca, não importa se é chuva ou temporal.

Marcos Malfatti

Autor:
Marcos Malfatti
Presidente & Diretor Executivo
Lumen Brasil

Com mais de 30 anos de experiência no setor de TI
e Telecom, em companhias como IBM, Banestado e
Copel, Malfatti ocupou posições gerenciais na
Impsat, Global Crossing, Level 3 e CenturyLink, que formam hoje a Lumen. Marcos Malfatti tem formação em Ciência da Computação pela PUC-PR, com pós-graduação em Administração de Empresas e Marketing pela Faculdade Católica de Administração, e MBA pelo Instituto Superior de Empresas.