É fantástico ver como a área de Recursos Humanos é cada vez mais estratégica dentro das organizações, desempenhando um papel proativo na tomada de decisões que impactam os negócios. O profissional de RH tem uma visão holística de toda a empresa: conhecemos a visão e os objetivos do negócio a fundo, e geramos valor ao alinhar esses elementos ao planejamento da força de trabalho.

Isso significa recrutar os talentos certos para cada vaga, mantê-los por mais tempo, incentivar a diversidade e oferecer uma trilha de desenvolvimento que faça sentido para o profissional. Mas cada uma dessas decisões também deve fazer sentido para o negócio.

Por quanto tempo as vagas ficam abertas? Quanto custa uma contratação? Qual curso de qualificação trará melhor retorno sobre o investimento – e para qual funcionário? Estamos combatendo vieses inconscientes no processo de promoção?

Historicamente, essas respostas se baseiam em estudo, experiência, políticas da organização… e em palpites. E se pudéssemos usar análise de dados a nosso favor para trocar suposições por evidências? A boa notícia é que, com People Analytics, nós podemos.

 

Então, o que é People Analytics?

People Analytics é uma abordagem de ciência de dados para a gestão de equipes e funcionários. O objetivo é extrair insights a partir de comportamentos anteriores e prever padrões e tendências para embasar a tomada de decisões.

Apesar de figurar há anos como uma tendência para gestão de Recursos Humanos, a aplicação prática de People Analytics é mais recente. Primeiro, porque reflete a maturidade tecnológica que alcançamos dentro das corporações hoje, mas também os desafios relacionados ao futuro do trabalho, que nunca foram tão grandes.

A análise de dados pode ajudar a obter mais segurança nas próximas movimentações da empresa, aplicada em diferentes etapas da jornada do colaborador. De acordo com a consultoria McKinsey, empresas que já estabeleceram People Analytics como um processo de Recursos Humanos alcançaram 80% de aumento na eficiência no recrutamento e 25% de crescimento na produtividade, enquanto o atrito foi reduzido pela metade.

O fator humano continua, sim, à frente das decisões corporativas. Mas, ao mesmo tempo, a tecnologia pode ser protagonista para tornar o RH ainda mais humanizado, com decisões transparentes e ações estratégicas para alcançar os melhores resultados, incluindo a melhor experiência de trabalho.

Uma cultura data-driven em Recursos Humanos

Na Cirion, ajudamos nossos clientes a prosperar diante das transformações impulsionadas pela 4ª Revolução Industrial, porque acreditamos nisso. Trabalhando em uma empresa de tecnologia, tenho o privilégio de estar imersa em um ambiente que estimula a inovação. Mas não estou sozinha nessa. No mundo todo, 73% dos profissionais de RH ouvidos no 10º Relatório de Tendências Globais de Talentos do LinkedIn dizem que People Analytics será prioridade para suas empresas nos próximos cinco anos.

No entanto, 55% admitem estar em um estágio básico dessa transformação. Como qualquer mudança de processo, a análise de dados exige uma adequação de pensamento. Não é à toa que a primeira empresa a estruturar um modelo de People Analytics foi o Google, ainda em 2006. Isso faz parte da construção de um mindset data-driven, voltado para dados.

Novamente segundo a McKinsey, a jornada do People Analytics tem cinco etapas. As primeiras são relacionadas à qualidade dos dados e à forma como são coletados e processados (fraca, boa ou forte). Ou seja, os fundamentos. A partir daí, começa a desenvolver-se a capacidade de análise de dados, um entendimento lógico sobre as informações disponíveis, para então alcançar predições confiáveis.

Aplicando para o dia a dia de RH o que meus colegas aqui na Cirion reforçam para nossos clientes, não há desafio grande ou pequeno demais. Para cada um deles, há o recurso de tecnologia mais apropriado para a necessidade – e a realidade – de cada negócio.

Então, qualquer que seja a etapa de maturidade do seu departamento de Recursos Humanos, lembre-se que a tecnologia é uma aliada. A análise e o planejamento da força de trabalho é um dos recursos mais eficazes para ajudar a enfrentar desafios de Recursos Humanos e de negócio que vem pela frente.

Jon Paul "JP" McLeary

Autor:
Cibele Giarrante

Diretora Sênior de Recursos Humanos Cirion, Brasil

Executiva com mais de 25 anos de experiência em Recursos Humanos em companhias nacionais e multinacionais.  Especialista em Gestão de Pessoas, é Economista de Formação e Master em Business Management. Como líder de Recursos Humanos, é responsável pela gestão da mudança, da cultura e das pessoas na Cirion Brasil, e tem também a missão de liderar o Programa de Diversidade, Inclusão e Pertencimento da empresa na América Latina.