O uso do cloud computing, ou computação em nuvem, já é realidade em empresas que priorizam a transformação digital e a excelência em TI. Tanto que, no Brasil, segundo um recente estudo, 57% das companhias afirmam já usar esta solução, e na América Latina, 74% delas planejam integrar serviços e aplicativos a algum tipo de nuvem nos próximos anos.

Esse processo tende a se acelerar ainda mais com as transformações causadas pela pandemia do novo coronavírus. Por um lado, sem atendimentos presenciais, as empresas precisam fornecer aos seus consumidores uma experiência digital que supere as expectativas, com respostas rápidas de infraestrutura. E por outro, a implementação do home office exige o acesso rápido a documentos, aplicações e outras soluções, para manter a produtividade.

Como atender a essas mudanças? Uma das formas é desenvolver uma estratégia de multicloud. Ela combina o uso de nuvens, públicas ou privadas, de diferentes fornecedores, dando mais liberdade para o profissional de TI escolher onde melhor hospedar os workloads da empresa. Para se ter ideia, nos Estados Unidos, as empresas usam quase 19 soluções de nuvem simultaneamente para atender suas necessidades em aplicações de Infrastructure-as-a-Service (IaaS), Plataform-as-a-Service (PaaS) ou Software-as-a-Service (SaaS).

Não é para menos: sua implementação oferece uma resposta mais rápida, mais elástica, mais segura, com maior adaptabilidade e ganho de escala para suportar as novas demandas operacionais, proporcionando mais autonomia, redução de riscos e um melhor equilíbrio de gastos.

 Os desafios da multicloud

Desenhar uma estratégia de gestão de nuvem é um trabalho complexo. Existem vários desafios, que vão de jurídicos – como lidar com diferentes contratos, termos de uso e aplicação de leis locais de proteção e uso de dados – a financeiros, como organização dos pagamentos para diversas fontes.

Permeando tudo, há questões operacionais. Para criar um ambiente de múltiplas nuvens ideal, atendendo às principais demandas de DevOps e SecOps, é necessário que os departamentos de TI tenham como observar todas as soluções contratadas de cloud interligadas em um só painel. Sendo assim, se torna essencial também contratar uma plataforma de gerenciamento de nuvens, ou CMP, na sigla em inglês para Cloud Management Platform, que ofereça serviços gerenciados integrados para administrar e controlar cargas de trabalho de aplicações e infraestrutura.  

Os benefícios de ter uma plataforma destas em mãos é contar com gestão centralizada simplificada, ter um dimensionamento rápido de atividade de ativos críticos ao negócio e criar um ponto de contato único para suporte e serviços gerenciados. Idealmente esta plataforma deve conter a visão técnica e financeira dos ambientes em múltiplas nuvens, e oferecer ao gestor a possibilidade de comparar e operar os múltiplos ambientes de forma integrada.

Uma boa solução de gerenciamento pode dar às equipes de TI o instrumento necessário para tirar o máximo de sua estratégia multicloud, melhorando o compliance, a segurança, a performance e o atendimento às demandas de negócio da sua empresa, participando assim da verdadeira inovação e transformação digital. 

Michael Lawson

Autor:
Rodrigo Oliveira
Data Center, Cloud & Security Business Director
Lumen Brasil

Com mais de 30 anos de experiência no segmento de Data Center e Telecomunicações, Rodrigo traz para os clientes da Lumen o direcionamento necessário para aproveitar a tecnologia em favor de expansão dos seus negócios. Atuou em diversas multinacionais no Brasil, ajudando a construir a operação da Diveo no país. Também foi presidente da unidade da UOL Diveo na Colômbia, quando realizou a venda da filial a Riverwood/Synapsis. Esteve também no comando da Matrix Datacenter.