O ano de 2020 foi, sem dúvida, um ano de transformação. A pandemia causou reviravoltas em todos os setores e a nossa relação com a tecnologia mudou, tornou-se mais intensa. Estima-se que cerca de 50 bilhões de dispositivos estiveram conectados globalmente no ano passado. E se o volume de dados circulando aumentou, a vulnerabilidade nas redes também: 2020 foi marcado por invasões de hackers que impactaram milhares de pessoas, grandes empresas e governos.
De acordo com a International Data Corporation (IDC), até 2024 o volume de dados capturados, copiados e consumidos, hospedados na nuvem e nos data centers crescerá para aproximadamente 143 zettabytes. Para entender a dimensão, 143 zettabytes de dados equivalem a 360 bilhões de horas de conferências web de negócios.
Com a adoção do modelo de trabalho remoto, veio uma nova realidade: proteger trabalhadores remotos tornou-se o foco das organizações. Neste sentido, a migração para nuvem se tornou uma alternativa atraente para reforçar a proteção, já que os grandes players de cloud computing possuem políticas mais rígidas contra ataques cibernéticos, certificações e compliance do mercado. Autenticação, proteção de dados em nuvem e monitoramento de aplicativos devem, portanto, passar para o topo da lista de prioridades.
O importante é entender que esta mudança de paradigma vai além disso: trata-se também da adoção de tecnologias inteligentes e a aplicação de uma cultura de segurança clara e potente para que o entendimento sobre riscos, as possibilidades de prevenção e reação diante de ameaças seja uma constante entre as equipes e parceiros.
Criando barreiras seguras: por onde começar?
O trabalho remoto veio para ficar, seja por meio de modelos híbridos ou não. À medida que as operações continuam a evoluir, a malha de segurança cibernética vem se tornando a abordagem mais prática para garantir o acesso e o uso seguros de aplicações baseadas em computação em nuvem e dados distribuídos de dispositivos não controlados, segundo o Gartner.
Malha de segurança cibernética é uma tecnologia que permitem que pessoas acessem qualquer ativo digital com segurança. Ela é fundamental para lidar com o fato de que muitos dos bens corporativos estão fora da área física de atuação das empresas, como os computadores utilizados no home office. O desenvolvimento de uma política formal de trabalho remoto e controle de acesso aos dados, de acordo com nível de responsabilidade dos cargos, são pontos fundamentais nesta jornada de proteção.
Mas é sempre bom lembrar do básico: hábitos como usar autenticação multifatorial e senhas fortes, instalar atualizações de software imediatamente e configurar adequadamente as configurações de privacidade são um ótimo começo e deve ser incentivado nas organizações.
A cibersegurança faz parte das estratégias de negócios
Assim como as estratégias para a transformação digital são, de fato, uma realidade positiva para as empresas, a segurança cibernética precisa ser disruptiva, utilizar tecnologias inteligentes e adaptáveis. Uma arquitetura adaptativa de segurança cibernética, por exemplo, utiliza ferramentas mais hábeis e proativas, com monitoramento em tempo real, onde as informações de contexto são aplicadas e onde há uma abordagem focada nos riscos mais importantes para cada cenário ou negócio.
Graças à sua cobertura mundial, a Plataforma da Lumen permite grande visibilidade sobre ataques e eventos de segurança, fornecendo a todas as nossas soluções de Segurança da Informação o suporte necessário para lidar com os desafios que a cibersegurança enfrenta hoje em dia.
Nossas soluções vão desde proteções na nuvem, baseadas não só em nossa rede, mas também em todos nossos Data Centers distribuídos pelo mundo, até soluções on-premise. Por trás dessas inovações há um time de especialistas em segurança em nossos Centros de Operações de Segurança nos Estados Unidos, Europa e América Latina atuando em conjunto, para que os aprendizados de um se tornem políticas a serem aplicadas aos demais. Esse trabalho permite nos antecipar a eventos que já tenham ocorrido em uma região e que estejam por chegar em outras. A proteção dos dados em nuvem num mundo cada vez mais remoto pode ser o principal desafio para as empresas nos próximos anos. Nós já estamos prontos para esta batalha.
Autor:
Walter Rodrigues
Especialista em desenvolvimento de novos negócios de Cibersegurança e SD-WAN, com mais de 30 anos de experiência no setor de TI e Telecom, em companhias como Warner Bros., Impsat, Telefônica-Vivo, Dell Computadores e CenturyLink/Lumen.